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Zurique expõe seus laços históricos com o tráfico de escravos

Statue of Alfred Escher
Um dos mais famosos cidadãos de Zurique, Alfred Escher, não esteve diretamente ligado ao tráfico de escravos, mas sua família esteve. © Keystone / Christian Beutler

A cidade de Zurique ganhou dinheiro ligado ao tráfico de escravos nos séculos passados, revelaram novas pesquisas. As autoridades da cidade investiram em uma empresa inglesa de comércio de escravos, enquanto uma proeminente família de industriais também se beneficiou do tráfico negreiro.

Como resultado, as autoridades da cidade estão agora examinando várias estátuas para ver se elas são monumentos convenientes e estão estudando maneiras de destacar seu passado obscuro.

O estudo da Universidade de Zurique destaca vários investimentos, holdings diretos e laços comerciais entre a cidade suíça e a escravatura, principalmente no século XVIII.

A própria cidade comprou ações da British South Sea Company que escravizou cerca de 36.000 africanos. A capital suíça, Berna, também fez tais investimentos na época.

A compra de títulos do governo dinamarquês também ajudou a financiar operações com escravos nas Antilhas Dinamarquesas.

Uma das famílias industriais mais famosas de Zurique, os Eschers, também tem vínculos diretos com o tráfico negreiro. Embora não haja evidência do envolvimento de seu filho mais famoso, Alfred Escher, outros membros da família dirigiam uma plantação de café em Cuba que mantinha cerca de 90 escravos.

Este não foi o único caso de moradores de Zurique que lucraram diretamente com a escravidão, disseram os pesquisadores da universidade.

Várias fábricas têxteis sediadas em Zurique produziam mercadorias que eram rotineiramente trocadas por escravos na África. Além disso, os fornecedores favorecidos de algodão dessas empresas mudaram-se do império otomano para os Estados Unidos, que usavam notoriamente o trabalho escravo para a colheita.

“Não devemos fechar os olhos para o passado colonial da cidade de Zurique. A cidade agora quer examinar como o tema pode ser apresentado e memorizado em um espaço público de maneira contemporânea”, disse a atual prefeita de Zurique, Corine Mauch.

Os primeiros resultados desta pesquisa devem ser divulgados em 2023.

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