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Em reunião com Milei, Trump diz que Argentina não precisa de ‘resgate’

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou, nesta terça-feira (23), que não acredita que a Argentina precise de “um resgate” financeiro, durante reunião com seu homólogo Javier Milei, que “está fazendo um trabalho fantástico”.

“Vamos ajudá-los, mas não acho que eles precisem de um resgate. Ele está fazendo um trabalho fantástico”, declarou Trump ao se reunir com Milei diante de repórteres à margem da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

“Falamos de alguma cifra específica que não posso dizer”, explicou em seguida a jornalistas o ministro argentino da Economia, Luis Caputo.

A Argentina enfrenta turbulências financeiras em meio a uma situação política delicada para Milei no Congresso, após reveses eleitorais e políticos.

Os Estados Unidos podem anunciar em breve algum tipo de ajuda, após o Departamento do Tesouro indicar na segunda-feira que está disposto a “fazer o que for necessário”.

A Argentina é um aliado “sistematicamente importante”, afirmou o secretário do Tesouro americano, Scott Bessen.

A ajuda poderia vir na forma de uma linha de swap cambial, compras diretas de moeda estrangeira e aquisições de dívida governamental, disse ele.

“Javier Milei é um grande amigo, lutador e VENCEDOR, e ele tem meu apoio total e completo para sua reeleição como presidente”, acrescentou Trump em sua rede, Truth Social.

O governo dos Estados Unidos “não pediu nada em troca e nós, obviamente, dissemos o que todos já sabem, que para nós é um aliado estratégico”, assegurou Caputo.

Paralelamente aos diálogos sobre uma possível ajuda financeira, o Banco Mundial (BM) anunciou que “acelerava seu apoio à Argentina” e que liberaria US$ 4 bilhões (R$ 21 bilhões) “nos próximos meses” para apoiar as reformas ultraliberais de Milei.

“Este passo dá continuidade ao pacote de apoio de 12 bilhões de dólares [R$ 63,6 bilhões] anunciado em abril e reflete uma grande confiança nos esforços do governo para modernizar a economia, impulsionar reformas estruturais, atrair investimento privado e gerar empregos”, explicou o BM em um comunicado.

A clara derrota de Milei nas eleições legislativas na província de Buenos Aires, no começo do mês, somada a um escândalo de corrupção que atinge sua irmã, Karina Milei, secretária da Presidência, deu origem a semanas de turbulências econômicas e políticas na Argentina.

Na semana passada, a corrida do peso forçou o governo Milei a vender as pequenas reservas do país para segurar a cotação do dólar dentro da faixa de flutuação cambiária.

Mas, o mercado reagiu positivamente ao apoio de Trump nesta terça-feira.

O risco-país, uma medida da confiança do mercado na solvência de um Estado, caiu para 960 pontos-base depois de ter disparado acima dos 1.400 na semana passada.

Os títulos e ações negociados em Wall Street registravam alta de até 11% e o dólar era cotado em queda de 3% em relação à segunda-feira.

jz/mel/val/aa/mvv/am

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