EUA destacam reaproximação com Cuba, mas ainda há muito a fazer

O presidente americano, Barack Obama, e seu colega cubano, Raúl Castro, reúnem-se na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em 29 de setembro de 2015 afp_tickers

O restabelecimento formal das relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba foi um dos pontos de mais destaque neste ano que termina, mas os dois países ainda têm muito por fazer – afirmou nesta segunda-feira um porta-voz do Departamento de Estado americano.

“A restauração das nossas relações diplomáticas com Cuba foi um passo muito significativo de 2015, reconhecendo, é claro, que ainda há muito trabalho que precisa ser concluído”, disse o porta-voz Mark Toner em entrevista coletiva.

Em 17 de dezembro, completou um ano que os presidentes Barack Obama e Raúl Castro anunciaram o início do processo de retomada das relações bilaterais, após meio século de ruptura e de desconfiança.

Em julho, os dois países reabriram suas respectivas embaixadas em Havana e em Washington, deixando para trás “uma política de isolamento que não estava nos levando a lugar algum”, completou Toner.

O porta-voz reconheceu que “ainda falta muito por fazer, em matéria de direitos humanos e em múltiplas frentes, para fortalecer essa relação” bilateral.

Entre essas pendências, Toner incluiu o desmantelamento do embargo econômico e financeiro de cinco décadas aplicado por Washington a Havana.

“Queremos que o embargo seja suspenso. Fomos muito claros sobre isso, mas será uma tarefa do Congresso (americano)”, afirmou.