Suíça não exporta mais carne
Por causa da "doença da vaca louca", os exportadores suíços continuam com muita dificuldade de exportar carne e boi vivo. Desde 1996, com a queda das exportações e a baixa do preço no mercado interno, a setor já perdeu 67 milhões de dólares.
Este ano, as exportações de boi vivo amentaram um pouco, embora de maneira artificial, com as 497 cabeças enviadas a Kossovo como ajuda humanitária aos agricultores. Um ano antes do início da crise da doença da vaca louca, em 1996, a Suíça havia exportado mais de 15 mil cabeças.
Atualmente, mais de 40 países recusam-se a importar gado suíço, com receio da encefalite espongiforme bovina (ESB), nome científico da doença. Alguns proibem até a passagem de gado suíço por seu território.
O principal importador da Suíça era a Itália que agora compra da Áustria, membro da União Européia. O prejuizo é calculado em 67 milhões de dólares, coberto pelo governo federal como forma de ajuda aos produtores. Eles tentam diversificar exportando para os países do leste europeu, mas a União Suíça de Agricultores (USP) afirma que é difícil devido o menor poder aquisito dos países da região.
Há espectativa de melhora da situação depois que o Parlamento suíço aprovou os acordos bilaterais com a União Européia, mas será preciso “muito esforço” para reconquistar o mercado, segundo a USP.
O consumidor suíço também ficou com medo da “vaca louca” e o preço caiu. Pela primeira vez desde 1996, o preço subiu nos últimos meses. O produtor recebe atualmente 6 dólares, em média, pelo gado de corte, no mercado interno suíço.
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