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Vilarejo que oferecia dinheiro para atrair moradores reage à avalanche de demanda estrangeira

Aldeia de Albinen emoldurada pelos Alpes suíços
"Subornar" novos residentes provou ser uma faca de dois gumes para a cidadezinha suíça de Albinen. © Keystone / Jean-christophe Bott

A oferta de um vilarejo nos Alpes suíços acabou atraindo cerca de 100 candidatos do exterior por dia após a entrega de benefícios financeiros aos novos residentes.

Em 2017, Albinen votou uma iniciativa para oferecer um incentivo de CHF25.000 ($28.000 ) por adulto e CHF10.000 por criança que viesse morar no vilarejo do cantão do Valais.

+ Leia como os vilarejos suíços procuram reverter o declínio da população

O programa foi projetado para combater um fluxo constante de sua população – que havia diminuído para apenas 200 pessoas – para cidades maiores.

“Estamos satisfeitos em ver como a cidade foi inundada por um sentimento de otimismo”, disse o prefeito de Albinen, Beat Jost, para SWI swissinfo.ch dois anos após a iniciativa ter sido lançada. “Albinen está viva! E isso é exatamente o que queríamos”.

Mas o programa acabou tendo um efeito colateral, pois a cobertura da mídia internacional levou a uma sobrecarga administrativa imprevista.

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“Recebemos cerca de uma centena de consultas por dia. A maioria vem do exterior e não satisfaz nossas condições. Ainda devemos responder a elas e isso dá muito trabalho”, disse a atual prefeita Nicole Köppel ao portal de notícias Watson.ch.

Inicialmente, o programa estava limitado a novos residentes com menos de 45 anos, com CHF200.000 para investir em imóveis e pelo menos um visto de resiência C, que permite viver na Suíça durante cinco anos.

Os incentivos em dinheiro foram posteriormente adiados até que os novos residentes tivessem se enraizado em Albinen por cinco anos.

A cidadezinha aprovou 17 pedidos, atraindo quase 50 novos residentes, a um custo de CHF710.000, relata Watson.ch.

“Albinen não tem escola, nem banco, nem correios, tem só um café, uma loja e um ônibus a cada hora. Você tem que prever isso de antemão e aceitar a situação quando você estiver aqui”, diz Köppel.

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