Perigosa onda de calor ameaça o oeste dos EUA

Uma perigosa onda de calor ameaça o oeste dos Estados Unidos nesta terça-feira (4), enquanto cientistas alertam que o aumento das temperaturas é uma prévia do que pode vir a ser um verão abrasador na região.
São esperadas temperaturas de até 38ºC e que algumas regiões enfrentem um calor vários graus acima do considerado normal para esta época do ano.
As regiões desérticas do sudoeste e do vale central do estado da Califórnia (oeste) serão principalmente afetados, alertou o Serviço Nacional de Meteorologia.
“Espera-se que se igualem ou batam recordes de temperatura em grande parte das regiões mencionadas anteriormente”, ressaltou.
As temperaturas no chamado Vale da Morte devem beirar os 50ºC, assim como em Las Vegas.
Os meteorologistas emitiram alertas de calor extremo para algumas regiões dos estados de Nevada, Arizona e Califórnia, e espera-se que o calor chegue ao interior à medida que a semana avançar.
“O escasso alívio noturno criará condições perigosas para quem não dispõe de refrigeração eficaz e/ou hidratação adequada”, acrescentou o serviço.
A Agência de Proteção do Meio Ambiente da Califórnia assinalou pelas redes sociais que certos grupos correm um risco especial, como trabalhadores ao ar livre, idosos e crianças.
O sul do Texas também é ameaçado por previsões de 47ºC para a cidade fronteiriça de Rio Grande nesta terça-feira.
Nos Estados Unidos, os meteorologistas acompanham com atenção o desenvolvimento de uma frente de alta pressão que traria mais calor do México, que sofre com uma situação similar.
Em maio, a Cidade do México, cerca de 2.240 metros acima do nível do mar, registrou recordes de temperatura.
As autoridades afirmam que dezenas de pessoas morreram nas várias ondas de calor que castigaram o país.
Mas, segundo os especialistas, o pior está por vir: 2024 se encaminha para se tornar “o ano mais quente da História”, advertiu Francisco Estrada, coordenador do Programa de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas da Universidade Nacional Autônoma do México.
Segundo consenso da comunidade científica, as mudanças climáticas causadas pelas atividades humanas aquecem o planeta em um ritmo alarmante.
De acordo com um informe divulgado no mês passado, nos últimos 12 meses o mundo experimentou, em média, 26 dias a mais de calor extremo, que provavelmente não ocorreriam sem as mudanças climáticas.
Elaborado pelo Centro do Clima da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, a rede científica World Weather Attribution e a organização de pesquisas sem fins lucrativos Climate Central, o informe assinala que 6,3 bilhões de pessoas (cerca de 80% da população mundial) sofreram ao menos 31 dias de calor extremo em 2023.
O ano passado foi o mais quente da série histórica, segundo o Copernicus, o monitor climático da União Europeia.
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