Tribunal rejeita acusações de corrupção de Blatter e Platini

"Não sou inocente em vida, mas neste caso sou", disse Blatter antes do veredicto de sexta-feira. © Ti-press

Um tribunal suíço absolveu Sepp Blatter, ex-cartola da FIFA, e Michel Platini, ex da UEFA, de acusações de corrupção e fraude.

Os juízes do Tribunal Penal Federal disseram na sexta-feira que não encontraram nenhuma prova de delito em relação a um pagamento de CHF2 milhões (US$ 2,05 milhões) feito pela FIFA à Platini em 2011.

Os promotores haviam pedido ao tribunal que impusesse penas de prisão suspensas de 20 meses a ambos os cartolas do futebol mundial e europeu, e que os fizesse pagar CHF2,23 milhões ao órgão dirigente do futebol mundial sediado em Zurique.

Durante todo o julgamento, que começou há um mês, ambos negaram todas as acusações, e disseram que o dinheiro era um pagamento retroativo pelo trabalho de consultoria realizado por Platini entre 1998 e 2002. O pagamento teria sido baseado em um “acordo de cavalheiros”, disse Blatter anteriormente. Os promotores alegaram que este acordo oral de duas décadas entre a dupla era uma “invenção”.

A investigação suíça sobre o pagamento foi lançada pela Procuradoria Geral em 2015, em meio a uma série de escândalos e investigações sobre corrupção na FIFA. Uma acusação formal foi apresentada em novembro de 2021.

As investigações levaram à demissão, em 2015, de Blatter, de 86 anos de idade, que tinha sido chefe da FIFA por 17 anos. Platini, 67 anos, também perdeu seu papel como chefe da UEFA, assim como suas chances de suceder a Blatter na FIFA.

Uma investigação ética da FIFA baniu ambos os homens do futebol por oito anos, embora esta proibição tenha sido reduzida mais tarde para seis anos.