
UE multa Gucci, Chloé e Loewe em milhões por violação das regras de concorrência

A União Europeia anunciou, nesta terça-feira (14), que impôs multas totalizando 157 milhões de euros (992 milhões de reais) às marcas de luxo Gucci, Chloé e Loewe por violação das regras de concorrência.
As sanções ocorrem após batidas surpresa contra essas empresas em abril de 2023 e uma investigação antimonopólio da Comissão Europeia em julho de 2024.
O Executivo da UE acusa as três empresas — sediadas em Itália, França e Espanha, respectivamente — de limitar a capacidade de seus distribuidores independentes para definir livremente os preços de seus produtos.
Essas práticas são contrárias ao direito da concorrência, pois resultam em preços mais altos para os consumidores.
As três empresas cometeram essas violações independentemente umas das outras, mas em períodos sobrepostos e, muitas vezes, em relação às mesmas lojas físicas ou online.
Ao sancioná-las simultaneamente, o Executivo europeu afirmou que queria “enviar uma mensagem forte a toda a indústria da moda”.
No entanto, as multas foram reduzidas em relação aos limites máximos previstos pela regulamentação europeia porque as três empresas cooperaram na investigação.
A Gucci, subsidiária italiana do grupo francês Kering, recebeu a maior multa, fixada em cerca de 120 milhões de euros (758 milhões de reais).
“A Kering toma nota da decisão da Comissão Europeia sobre práticas que não são mais aplicadas na Gucci”, declarou o grupo em comunicado à AFP. A empresa afirmou que a multa estava prevista para o primeiro semestre de 2025.
A marca de moda francesa Chloé, de propriedade do grupo suíço Richemont, deve pagar cerca de 20 milhões de euros (126 milhões de reais).
A Loewe, marca espanhola de propriedade da gigante francesa de luxo LVMH, deve pagar 18 milhões de euros (113,7 milhões de reais).
“A Loewe reitera seu firme compromisso de operar em estrita conformidade com a lei da concorrência”, respondeu a marca espanhola.
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