Jornalista morre acidentalmente em protestos de indígenas no Equador
Um jornalista equatoriano morreu acidentalmente durante a cobertura dos protestos de indígenas contra a política econômica do governo, informou nesta quarta-feira (27) a ONG Fundamedios, que também registrou oito agressões à imprensa por ocasião das manifestações.
"O repórter do canal do Movimento Indígena e Camponês de Cotopaxi (@Micc_Ec), Gonzalo Rojas, faleceu após cair de uma caminhonete, enquanto filmava as manifestações em Toacaso", ao sul de Quito, destacou o organismo, que promove a liberdade de expressão.
Rojas também era líder de uma comunidade indígena da província andina de Cotopaxi.
O Micc, do qual foi presidente, confirmou que o jornalista "morreu cobrindo" os protestos convocados pela poderosa e opositora Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie), que desde a terça-feira repudia com bloqueios em rodovias os aumentos de 90% nos preços do diesel desde 2020 (de 1 para 1,90 dólar o galão de 3,8 litros).
No primeiro dia de protestos, a Fundamedios registrou oito ataques contra jornalistas e meios de comunicação, nos quais "o Estado foi o principal agressor".
Os protestos também deixaram 37 detidos, cinco policiais feridos e dois militares retidos por manifestantes, que se encontram em bom estado, segundo o governo.