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OMS decide se varíola do macaco requer nível de alerta máximo

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 21. julho 2022 - 10:55
(AFP)

Especialistas em varíola do macaco avaliaram, nesta quinta-feira (21), se a Organização Mundial da Saúde (OMS) deve ou não declarar nível máximo de alerta para a doença, diante do aumento de casos.

Desde o início de maio, foi detectado um aumento incomum de infectados fora dos países da África central e ocidental, onde o vírus é endêmico, espalhando-se por todo o mundo, em especial na Europa.

Na primeira reunião, em 23 de junho, a maioria dos especialistas do comitê de emergência da OMS recomendou ao diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, não decretar emergência de saúde pública de alcance internacional.

Nesta quinta, o comitê analisou os índices epidemiológicos, depois do registro nas últimas semanas de mais de 15.300 casos em 70 países, segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a agência de saúde pública dos Estados Unidos.

Não há, porém, um calendário preciso para que o comitê publique os resultados do encontro de hoje.

"Independentemente da recomendação do comitê, a OMS continuará fazendo todo o possível para conter a varíola do macaco e salvar vidas", afirmou Tedros em coletiva de imprensa na quarta-feira.

Detectada pela primeira vez em humanos em 1970, a varíola do macaco é menos perigosa e contagiosa do que a varíola, que foi erradicada em 1980.

- "Plena confiança" -

Até 18 de julho, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (CEDC) registrou 7.896 infecções pelo vírus da varíola do macaco. A Espanha é o país mais afetado, com 2.835 casos, seguido da Alemanha (1.924), França (912), Holanda (656) e Portugal (515).

De acordo com um estudo do New England Journal of Medicine, realizado com 528 pessoas em 16 países - o mais amplo até agora -, 95% dos casos tiveram infecção por atividade sexual.

A pesquisa também aponta que 98% dos infectados são homens homossexuais ou bissexuais, e cerca de um terço havia mantido relações sexuais em festas ou saunas no mês anterior.

A OMS trabalha em estreita colaboração com a sociedade civil e as comunidades LGBTQ+ para facilitar a difusão de informações sobre a doença, de olho sobretudo na organização de festivais e paradas do orgulho no verão do hemisfério norte.

"São importantes celebrações identitárias: é muito importante que esses locais, esses eventos e atividades compartilhem informações para que as pessoas se protejam", disse na quarta o chefe de emergências da organização, Michael Ryan.

"A comunidade que hoje está afetada é uma das mais comprometidas, poderosas e responsáveis que temos, que já trabalhou duro por anos para controlar um vírus ainda mais mortal (o HIV)", portanto, tem a "plena confiança" da OMS, ressaltou Ryan.

- Vacinas escassas -

A agência de saúde trabalha em paralelo com os Estados-membros e especialistas para avançar na pesquisa e no desenvolvimento em torno do vírus.

"Embora vejamos uma tendência de queda em alguns países, outros estão enfrentando um aumento e seis países registraram seus primeiros casos na semana passada", afirmou Tedros.

"Alguns países têm menos acesso a diagnósticos e vacinas, o que dificulta o registro e a interrupção dos casos" quando os estoques de vacinas estão baixos, acrescentou.

A empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, o único laboratório que produz uma vacina autorizada contra a varíola do macaco, informou na terça-feira que recebeu um pedido de 1,5 milhão de doses, a maioria para serem fornecidas em 2023, de um país europeu cujo nome não revelou, enquanto os Estados Unidos encomendaram 2,5 milhões de doses.

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