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Papa é contra qualquer 'intervenção externa' na Venezuela

Francisco na janela do Palácio Apostólico com vista para a Praça de São Pedro, no Vaticano, em 18 de abril de 2021 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 29. abril 2021 - 14:02
(AFP)

O papa Francisco se manifestou nesta quinta-feira (29) contra qualquer "intervenção externa" na Venezuela, em uma mensagem de vídeo enviada por ocasião da beatificação do médico José Gregorio Hernández, na qual pediu "reconciliação" e "unidade" aos venezuelanos.

"Peço que, entre todos, recuperemos essa Venezuela na qual todos sabem que se encaixam, na qual todos podem encontrar um futuro. E peço ao Senhor que nenhuma intervenção externa impeça de seguir este caminho da unidade nacional", disse o pontífice argentino.

A mensagem do papa latino-americano, bastante sensível aos problemas de sua região, chega em um momento difícil pelas tensões com a Colômbia e os confrontos com grupos irregulares na fronteira entre os dois países.

As autoridades da Venezuela renovaram na quarta-feira suas queixas contra o presidente colombiano Iván Duque, a quem Caracas acusa de apoiar o governo dos Estados Unidos em supostos planos para derrubar o presidente Nicolás Maduro.

Em sua mensagem, o papa relembra a figura do novo beato, conhecido em quase toda a América Latina, por ter dedicado sua vida como médico aos pobres e doentes, àqueles que sofrem, sem distinção.

O chamado "médico dos pobres", venerado como um santo na Venezuela, será beatificado na sexta-feira em uma pequena cerimônia em Caracas devido à pandemia de covid-19.

"Eu oro, queridos irmãos e irmãs, que o novo beato inspire, particularmente, todos os líderes, todos: sindicais, acadêmicos, políticos, empresariais, religiosos, todos, universitários, e outros, a tomarem medidas sérias para alcançarem uma unidade operacional", disse o papa.

"Busquemos o caminho da unidade nacional, pelo bem da Venezuela", acrescentou.

Em sua mensagem, Francisco reitera que "a beatificação do médico Hernández é uma bênção especial de Deus para a Venezuela, e nos convida ao diálogo para uma maior solidariedade de uns com os outros, para produzir entre todos a resposta do bem comum tão necessária para que o país reviva, renasça depois da pandemia, com espírito de reconciliação", explicou.

Francisco afirmou em várias ocasiões que desejava visitar a Venezuela, relembrou "as prolongadas dificuldades e angústias" desse país, agravadas agora pela pandemia de coronavírus, assim como "todos aqueles que deixaram o país em busca de melhores condições de vida", referindo-se aos milhões de venezuelanos que tiveram que emigrar.

"Creio sinceramente que este momento de unidade nacional, em torno da figura do médico do povo, representa um momento singular para a Venezuela, e exige que vocês vão mais além, que deem passos concretos a favor da unidade, sem se deixarem vencer pelo desânimo", concluiu.

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