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Presidente do México critica inelegibilidade de candidato acusado de abuso sexual

Félix Salgado Macedonio, acusado de estupro por várias mulheres, cumprimenta seus apoiadores durante o início de sua campanha como candidato a governador do estado de Guerrero, em Acapulco, México, em 13 de março de 2021 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 28. abril 2021 - 13:18
(AFP)

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, denunciou nesta quarta-feira (28) como um "golpe para a democracia" a inelegibilidade como candidato a governador de um político acusado de abuso sexual, que a justiça deixou de fora da disputa por um delito administrativo.

“Considero o que a Justiça Eleitoral aprovou ontem um excesso, é um golpe para a incipiente democracia mexicana”, disse o presidente de esquerda sobre o caso de Félix Salgado Macedônio, que aspirava a governar o estado de Guerrero (sul) representando o partido de esquerda no governo.

Na terça-feira, os juízes eleitorais ordenaram ao partido governista Morena que substituísse Salgado, argumentando que ele não entregou um relatório de gastos de campanha.

“Democracia é respeitar a vontade do povo”, disse López Obrador, que tem defendido reiteradamente a presunção de inocência do senador diante das denúncias de estupro e considera que estas devem ser resolvidas pela justiça.

Os mexicanos vão às urnas para eleger 15 dos 32 governadores estaduais, além de renovar as 500 cadeiras na Câmara dos Deputados federal e selecionar milhares de prefeitos e outras autoridades locais.

Durante uma manifestação nesta quarta-feira em Guerrero, Salgado anunciou que levará seu caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

O ex-prefeito do turístico balneário de Acapulco afirmou que apresentou as despesas de campanha, razão pela qual é uma “violação astuta dos meus direitos humanos, políticos e eleitorais”.

O tribunal ratificou decisão semelhante do Instituto Nacional Eleitoral, que López Obrador acusa de ser tendencioso a favor da oposição para as eleições de 6 de junho.

Salgado, de 63 anos, havia vencido a candidatura em votação entre integrantes de seu partido, que anunciou que acatará a medida, embora a considere injusta.

Sua candidatura foi abalada por denúncias de várias mulheres que afirmam ter sido estupradas ou assediadas pelo político em 1998, 2014 e 2016. O político negou as acusações sobre qualquer tipo de agressão.

No entanto, sua candidatura e o apoio de López Obrador levaram a várias manifestações de mulheres em Guerrero e na Cidade do México.

O Ministério Público de Guerrero informou no dia 1º de março que está analisando se há mérito para acusar criminalmente o político e esclareceu que o caso de 1998 já foi prescrito.

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