
China reduzirá emissões de gases de efeito estufa entre 7% e 10% até 2035

A China vai reduzir suas emissões de gases de efeito estufa entre 7% e 10% até 2035, anunciou, nesta quarta-feira (24), o presidente chinês, Xi Jinping, à Assembleia Geral da ONU.
Em um vídeo, Xi antecipou os novos compromissos da China para combater as mudanças climáticas, depois que o presidente americano, Donald Trump, chamou de “farsa” este fenômeno que ameaça o planeta.
O anúncio de Xi também contrasta com os problemas da União Europeia para apresentar uma frente unificada para renovar seus compromissos climáticos, a poucas semanas da conferência internacional das Nações Unidas sobre o tema, a COP30, em Belém do Pará.
A China é um dos motores da economia climática, especialmente no setor de painéis solares e baterias, que domina amplamente a nível mundial.
Trump advertiu em seu discurso que essa hegemonia industrial poderia colocar em perigo a economia ocidental, devido à dependência.
“A transição verde e de baixo carbono é a tendência do nosso tempo”, disse Xi.
“Enquanto alguns países agem na direção contrária, a comunidade internacional deve permanecer focada na direção certa”, acrescentou o presidente da China, o país mais poluente, já que emite 30% dos gases de efeito estufa.
Anteriormente, a China havia prometido alcançar o pico de suas emissões de carbono antes de 2030, um objetivo que parece estar a caminho de cumprir cinco anos antes.
O novo objetivo estabelece uma redução para 2035 em relação aos níveis máximos —que quase certamente serão alcançados este ano— e inclui compromissos para expandir a energia eólica e solar seis vezes em relação aos níveis de 2020, aumentar drasticamente o reflorestamento e acelerar a produção de carros elétricos.
A maioria dos países ricos, historicamente os maiores contribuintes para o aquecimento global, atingiu seu pico há décadas, mas ainda carece de planos críveis para alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
“O compromisso de Pequim é um passo cauteloso que prioriza a estabilidade e o cumprimento sobre a ambição”, afirmou Li Shuo, especialista do centro de análise Asia Society, com amplas conexões em Pequim, à AFP.
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