Cruz Vermelha prevê que número de mortos por furacão na Jamaica permanecerá ‘baixo’
A Cruz Vermelha estimou, nesta quarta-feira (5), que o número de mortos após a passagem do furacão Melissa na Jamaica continue sendo relativamente “baixo” e destacou que as evacuações em massa realizadas previamente ajudaram a limitar o desastre.
Uma semana depois de o furacão Melissa ter atingido a Jamaica como uma das tempestades mais potentes já registradas, o balanço de mortos na ilha se mantém em 32, de um total de 76 em todo o Caribe.
“Por enquanto, os números parecem baixos”, declarou Loyce Pace, diretora regional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV) para as Américas, ressaltando que mais de um milhão de pessoas “foram diretamente afetadas por sua trajetória na Jamaica”.
Em entrevista à AFP na sede da FICV, em Genebra, ela reconheceu, no entanto, que o número de vítimas pode aumentar.
“Literalmente, seguimos cavando”, disse, acrescentando que, à medida que o acesso melhorar, “acho que vão encontrar muitos danos e, possivelmente, mais mortos (…) Esperemos que os números não aumentem demais”.
Pace destacou a “ação antecipada” que permitiu limitar as consequências. “A ação precoce salva vidas”, afirmou.
Ela também elogiou o governo jamaicano por ter levado a tempestade “muito a sério” e emitido “mensagens muito claras às comunidades de que (…) precisavam sair”, além de ter disponibilizado abrigos para quem não o fez.
“Eles estavam preparados, tão preparados quanto podiam estar para uma tempestade desse porte”, afirmou.
A Cruz Vermelha Jamaicana e outras organizações também haviam se preparado para a temporada de furacões no Caribe, mobilizando ajuda, posicionando equipes de socorro e planejando como manter as comunicações quando as redes falhassem.
A responsável pela Cruz Vermelha reconheceu, no entanto, que a reconstrução será um desafio. “Se não for considerado uma emergência, quem ainda estará lá dentro de 30 dias?”, questionou.
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