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Escândalo Echelon envolve empresa suíça

Relatório apresentado em comissão do Parlamento Europeu denuncia uso pelos americanos e britânicos de uma rede planetária de informação, comandada pelos EUA, para espionagem econômica e militar. Empresa suíça teria contribuído para eficácia dessa rede.

Existe desde 1949 uma agência americana que no início, no período da guerra fria, era destinada a interceptar mensagens dos países do bloco comunista. Nos últimos tempos era definida pelos Estados Unidos como um serviço de combate ao terrorismo e ao crime organizado, dependente National Security Agency (agência de segurança nacional) em colaboração com o GCHO britânico (Government Communications Headquarters – centro de comunicações do governo)

Segundo denúncia do jornalista escocês Duncan Campbell apresentada em forma de relatório na Comissão de Opções Científicas e Tecnológicas do Parlamento Europeu, a rede de escuta, batizada de ECHELON, tornou-se uma gigantesca rede de espionagem industrial e militar a serviço principalmente dos Estados Unidos. Mas foi montada em colaboração com países anglo-saxões, Grã-Bretanha, Austrália, Canadé e Nova Zelândia.

O sistema permite coletar bilhões de mensagens (por telefones, rádio, fax, e-mails, telefones etc ) de mais de 130 países. Através de um sistema de palavras-chave dezenas de supercomputadores processam essas mensagens separando os assuntos de particular interesse.

Echelon teria servido em particular beneficiar empresas americanas na concorrência com empresas européias. Menciona-se inclusive que a espionagem da superagência de informação beneficiou a empresa americana Reytheon para conseguir montar o SIVAM, Sistema brasileiro de Vigilância da Amazônia, em prejuízo do grupo francês Thomson-CSF.

Quanto à implicação suíça, segundo a denúncia de Campbell, a empresa Crypto SA, do estado de Zug, especialista na fabricação de aparelhos para mensagens codificadas, fornecia a Echelon a chave para decodificar os textos. A empresaa Crypto rejeita categoricamente a denúncia que considera matéria requentada publicada no “Baltimore Sun” em 1995. E lembra que o jornal retificou a informação.

Campbell não se abala dizendo ter fontes seguras para avalizar sua denúncia contra a empresa suíça. (gb)


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