Escândalo tira embaixador do cargo
O embaixador suíço em Berlim, Thomas Borer, deve deixar o cargo no fim do mês. Borer estava envolvido nos últimos dias em caso extra-conjugal. E para o governo suíço, ele "perdeu a credibilidade".
O escândalo estourou em 31 de março quando o jornal "SonntagsBlick", de Zurique, e o "dimanche.ch", de Lausanne, publicaram artigo com indícios de que o diplomata recebera em sua residência, na capital alemã, uma visita feminina noturna dez dias antes.
Thomas Borer, 44 anos, negou repetidas vezes, falou de trama para desacreditá-lo. Outros jornais comentaram o assunto que assumiu maiores proporções.
Transferência
Nesse meio tempo, o embaixador recusou-se a ir a Berna prestar contas pessoalmente ao ministro das Relações Exteriores, Joseph Deiss e buscar uma "solução consensual", que, trocado em miúdos, significaria transferência a outro país.
Em sua reunião semanal nesta quarta-feira, o governo suíço estimou que Thomas Borer "não estava mais em condições de cumprir sua missão". E decidiu "transferi-lo a Berna".
O embaixador tem 20 dias para fazer as malas.
"Ambicioso"
Thomas Borer projetou-se em 1986, no auge das pressões de meios judaicos contra a Suíça em relação com o papel do País durante o regime nazista. Borer foi nomeado chefe da força-tarefa para apurar a questão das contas inativas de judeus nos bancos suíços.
Um jornal suíço o qualificou esses dias de "ambicioso assumido". Seu estilo destoa do suíço típico que privilegia a discrição.
swissinfo

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