Crise leva gigante suíça a reduzir atividades
A Ascom sonhava em concorrer com as grandes empresas européias do setor de telecomunicações. Agora pretende vender metade de seus ativos, cortar pessoal e concentrar-se no que considera essencial.
A empresa sediada em Berna, capital suíça, tinha uma vasta linha de produtos ligados às telecominicações em geral. Com a crise do setor, ela vem anunciando reestruturações sucessivas. Só nos últimos 12 já havia vendido 4 grandes unidades de produção e, sexta-feira (14/6), anunciou um novo plano.
A Ascom está buscando sócios ou compradores para outras duas divisões: PABX, que produz centrais telefônicas para empresas, e Energy Systems, que produz sistemas de abastecimento de energia.
A empresa afirma que quer manter o acesso à tecnologia das centrais telefónicas, últil para outras divisões. Quando ao setor energético, as privatizações em andamento na Europa e a Ascom afirma não meios de manter-se competitiva.
Perto das concorrentes
A companhia suíça busca parcerias também para a comercialização de sua tecnologia Powerline, de acesso à Internet através da rede elétrica.
Com mais essa reestruturação, a Ascom pretende ficar com apenas 4 divisões, em dois setores : transmissão de dados e comunicação vocal. Nesses dois setores ela está entre as três primeiras empresas européias.
Se o plano for aplicado como previsto, a Ascom prevê um faturamento de 1,5 bilhões de francos em 2003. No ano passado, fora de 3,14 bilhões.
Ações despencam
No ano passado, a empresa tinha mais de 10 mil funcionários. Eles serão menos de 6 mil no final do ano vem.
No balanço do ano passado, a Ascom teve um saldo negativo de quase 400 milhões de francos suíços. Ela pretende inclusive vender parte de seus imóveis para reduzir o endividamento.
Desde o início do ano, as ações da Ascom na perderam 50% do valor, na Bolsa suíça.
swissinfo com agências
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