Nova acusação contra ex-presidente da Pemex no caso Odebrecht
Emilio Lozoya, ex-presidente da empresa estatal mexicana de petróleo Pemex, é objeto de novas acusações pelo provável desvio de recursos no âmbito do caso de subornos pagos pela empresa brasileira Odebrecht, informou no domingo a agência de inteligência da Secretaria de Fazenda.
A Unidade de Inteligência Financeira (UIF) afirma em um comunicado que “identificou um esquema de lavagem de dinheiro na Pemex de 2012 a 2016 por meio de contratos concedidos a 34 empresas relacionadas com a Odebrecht, por quantias milionárias”, afirma um comunicado.
De 2014 a 2016 a UIF localizou transferências de quase 150 milhões de dólares e presume que os recursos desviados poderiam ter sido destinados a campanhas eleitorais em vários estados.
A unidade afirma que Lozoya que comandou Pemex de 2012 a 2016, foi acusado ao lado de 11 pessoas de “corrupção política e desvio de recursos públicos” ante a Procuradoria Geral.
Ele já enfrenta um julgamento por uso de recursos de procedência ilícita, associação criminosa e propina.
Lozoya, que foi um colaborador próximo do ex-presidente Enrique Peña Nieto (2012-2018), foi detido na Espanha em fevereiro de 2020 e extraditado ao México em julho do mesmo ano.
O executivo não foi para a prisão: ao chegar ao México ele foi transferido para um hospital e posteriormente conseguiu o direito de prisão domiciliar, depois virar testemunha de colaboração.
Em seu processo, ele denunciou ex-presidentes e políticos de vários níveis, mas não apresentou provas contra os acusados.
Lozoya é o único funcionário mexicano de alto nível que enfrenta acusações no caso da rede de subornos da Odebrecht, que afetou vários países da América Latina.