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Rebeldes detêm 11 funcionários da ONU no Iêmen

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Rebeldes huthis detiveram 11 funcionários da ONU neste domingo, após invadirem instalações da organização no Iêmen, informou o enviado das Nações Unidas para aquele país, Hans Grundberg.

“Condeno energicamente a nova onda de detenções arbitrárias de funcionários da ONU ocorrida hoje em Sanaa e Hodeida, além da operação forçada nas instalações da organização e o confisco de seus bens. Pelo menos 11 funcionários foram detidos”, indicou Grundberg, que exigiu a sua libertação imediata.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou indignação: “Condeno energicamente as prisões arbitrárias de pelo menos 11 funcionários das Nações Unidas pelas autoridades de fato huthis no Iêmen em áreas sob seu controle. Condeno, ainda, a operação forçada nas instalações do Programa Alimentar Mundial (PAM), o confisco de bens da ONU e as tentativas de entrada em outras instalações da organização em Sanaa.”

Autoridades huthis não comentaram a operação. Em outras ocasiões, detiveram funcionários estrangeiros de agências de ajuda.

Em comunicado prévio à AFP, o PAM informou que escritórios dessa agência da ONU em Sanaa haviam sido “tomados pelas forças de segurança locais, que detiveram um funcionário”, e que havia “informações de mais detenções em outras regiões”.

Os huthis tomaram a capital do Iêmen, Sanaa, em 2014, e controlam atualmente grande parte do país.

Após os bombardeios israelenses desta semana na capital, que mataram líderes huthis apoiados pelo Irã, uma fonte da segurança iemenita informou à AFP que autoridades huthis haviam detido dezenas de pessoas em Sanaa e outras áreas, “por suspeita de colaboração com Israel”.

bur-sar/ami/dcp/jsa/eg/mb/lb

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