Sobe a 27 número total de mortos por deslizamento na Colômbia
Pelo menos 27 pessoas morreram em um deslizamento de terra que atingiu um ônibus e outros veículos que trafegavam em uma estrada no noroeste da Colômbia no domingo (4) – anunciou o presidente Gustavo Petro.
“Até o momento, 27 pessoas, incluindo três menores de idade, perderam a vida na tragédia de Pueblo Rico, Risaralda. Solidariedade com as famílias das vítimas, terão um acompanhamento integral do Governo Nacional”, disse o presidente em seu balanço mais recente, pelo Twitter.
O último balanço de domingo registrava três mortos e cerca de vinte pessoas soterradas pelo deslizamento.
Um funcionário da Unidade Nacional de Gestão de Risco de Desastres (UNGRD) informou à AFP que quatro pessoas ficaram feridas e pelo menos outras quatro permanecem soterradas pelo deslizamento.
Dezenas de socorristas continuam à procura dos passageiros de uma moto e de um ônibus que transportava trinta pessoas, acrescentou a mesma fonte.
O ônibus saiu da cidade de Cali (sudoeste) na madrugada de domingo e percorreu cerca de 270 quilômetros antes de se chocar ao cruzar a cordilheira dos Andes a oeste, a caminho de Quibdó (noroeste), segundo a Defesa Civil.
“A área apresenta dificuldades de comunicação”, segundo o UNGRD.
Desde o início de agosto, o país vive em estado de “catástrofe nacional” devido à pior estação chuvosa dos últimos 40 anos, segundo o governo.
O inverno deixou 271 mortos e 700 mil afetados no último ano.
As chuvas estão associadas ao La Niña, um fenômeno climático cíclico produzido pelo resfriamento do Oceano Pacífico e que o aquecimento global ameaça tornar mais frequente e mortal, segundo cientistas.
Segundo o Serviço Geológico Colombiano, “o município de Pueblo Rico está sob uma ameaça muito alta devido ao movimento em massa (…) associado ao fenômeno La Niña, que está presente desde agosto de 2020”.
O deslizamento de terra “hoje deixa esta cidade de luto, amanhã pode ser em outra área, porque realmente temos muitas áreas de instabilidade no país e a estação chuvosa não terminou”, disse à imprensa o diretor do UNGRD, Javier Pava.