
Um hotline para pessoas com dificuldades de leitura e escritura

Um novo serviço de hotline na Suíça ajuda as pessoas que não sabem ler e escrever corretamente, oferecendo também formação contínua na área de informática.
Um número surpreende: na Suíça, aproximadamente 800 mil adultos, ou quase 14% da população na idade de trabalhar, são consideradas analfabetas funcionais. Partindo dessa constatação, a Federação Suíça para Leitura e EscritaLink externo lançou a campanha para divulgar um novo hotline em colaboração com a Conferência Intercantonal de Formação Contínua (CIFC).
O número, 0800 47 47 47, é gratuito e oferece conselhos adaptados à situação específica do usuário. Os consultores oferecem após a conversa orientação para cursos de formação continua em diversas regiões da Suíça.
A campanha intitulada “Simplesmente MelhorLink externo” (com o subtítulo “ler, escrever, calcular e trabalhar no computador”) tem por objetivo sensibilizar as pessoas para a importância da formação continua como uma forma de se adaptar às novas tecnologias.
A campanha por empenho da Secretaria de Estado para Formação, Pesquisa e Inovação (SEFRI) em lançar um programa para reforçar as competências de base.
Realidade diversa
A iliteracia é uma realidade de múltiplas facetas, não se reduzindo apenas à incapacidade de ler e escrever. Segundo a federação, é possível medir sobre uma escala de indicadores de competências, que vai de 1 (capacidade de ler informações de base em um texto simples) a 5 (saber retirar informações específicas de textos complexos e compará-los).
Enquanto o nível de educação é globalmente elevado na Suíças, as causas da iliteracia podem estar relacionadas a problemas de saúde, familiares ou circunstancias particulares de um indivíduo (problemas de concentração, legastenia, etc.)
A iliteracia aumenta igualmente com a idade, seja devido ao nível escolar ser mais fraco no passado ou porque a pessoa se esqueceu das competências de base não utilizadas por ela o suficientemente.
Segundo a Federação Suíça Ler e Escrever, o número de suíços que não conseguem alcançar o nível um ou dois é elevado em todas categorias de população. No entanto, a maioria dos afetados são empregados na agricultura, indústria e construção.
Adaptação: Alexander Thoele

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