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Relatório aponta explosão de ataques antissemitas em 2017

O número de incidentes antissemitas registrados na Suíça de língua alemã aumentou em mais de 33% em 2017.


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No total, 39 incidentes antissemitas foram registrados nessa região no ano passado, de acordo com um relatório de monitoramento da Federação Suíça de Comunidades Judaicas e da Fundação contra o Racismo e o Antissemitismo. O relatório foi publicado na quarta-feira, no Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial.

Isso representa um aumento de mais de um terço em relação a 2016, quando foram notificados 25 casos. Três dos casos registrados no ano passado envolveram ataques físicos, um deles envolvendo um assalto a um rabino, disseram as organizações em um comunicado.

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Os autores do relatório disseram que um incidente foi particularmente perturbador. No centro da Suíça, várias bandeiras antissemitas foram penduradas em pontes de auto-estradas, exigindo a morte dos judeus.

Inibições liberadas

O relatório não incluiu números relativos a incidentes antissemitas online. As duas organizações disseram, no entanto, que a internet estava se tornando cada vez mais um espaço privilegiado para disseminar o ódio. Mais e mais pessoas estão dispostas a postar comentários difamatórios sobre os judeus sob seus nomes reais, o que indica que os perpetradores acreditam que tal discurso de ódio está gradualmente se tornando mais aceitável, disseram eles.

Muçulmanos, pessoas de pele mais escura e “ciganos” (termo pejorativo para os Roma) também foram afetados por incidentes xenófobos ou racistas na Suíça. Números publicados pela Fundação contra o Racismo e o Anti-Semitismo, em colaboração com a Sociedade de Minorias da Suíça, mostraram que 39 incidentes racistas que não envolveram o antissemitismo foram registrados no ano passado, em comparação com 43 em 2016.

Liberdade de expressão versus proteção das minorias

Medidas preventivas, educação, mas também compromisso social e declarações políticas claras são necessárias para combater o racismo e o antissemitismo, afirmou a organização em seu comunicado. Também pediu às autoridades que garantissem que o direito à liberdade de expressão não fosse utilizado de forma abusiva, de forma a infringir os direitos políticos das minorias.

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