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Trump insinua um avanço nas negociações de paz no Oriente Médio

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insinuou um avanço nas negociações de paz no Oriente Médio neste domingo (28), antes da visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, à Casa Branca. 

“Temos uma oportunidade real de realizar algo grandioso no Oriente Médio”, publicou Trump em sua plataforma Truth Social. “Todos a bordo para algo especial, pela primeira vez. Faremos isso!”, escreveu em letras maiúsculas.

Durante uma conversa com repórteres na sexta-feira, Trump já havia afirmado acreditar ter chegado a um “acordo” para encerrar a guerra em Gaza, após o governo americano ter apresentado um novo plano de paz a Netanyahu e a vários países árabes e muçulmanos no início desta semana. 

“Será um acordo que trará os reféns de volta. Será um acordo que encerrará a guerra”, prometeu o presidente americano. 

Segundo uma fonte diplomática, o plano de 21 pontos dos EUA inclui um cessar-fogo permanente em Gaza, a libertação dos reféns israelenses mantidos em território palestino, a retirada israelense e um futuro governo em Gaza sem o Hamas, cujo ataque de 7 de outubro de 2023 desencadeou a guerra. 

“Espero que consigamos isso porque queremos libertar os nossos reféns”, disse Netanyahu neste domingo à Fox News. 

“Queremos nos livrar do regime do Hamas, desarmá-lo, desmilitarizar Gaza e construir um novo futuro para o povo de Gaza e os israelenses, e para toda a região”, acrescentou.

Netanyahu questionou a participação da Autoridade Palestina, sediada na Cisjordânia, em um futuro governo de Gaza. 

“A probabilidade de uma Autoridade Palestina reformada, que mude completamente de rumo, aceitar um Estado judeu e ensinar suas crianças a abraçar a coexistência e a amizade com o Estado judeu, em vez de viverem suas vidas com o objetivo de aniquilá-lo (…) Não acredito que isso vá acontecer”, afirmou. 

Na sexta-feira, na Assembleia Geral da ONU, Netanyahu criticou o reconhecimento do Estado da Palestina por uma dúzia de países, incluindo França, Reino Unido, Canadá e Austrália, no início desta semana. 

A criação de um Estado palestino seria um “suicídio nacional” para Israel, declarou na ocasião, prometendo “terminar o trabalho” contra o Hamas “o mais rápido possível” na Faixa de Gaza, devastada por quase dois anos de guerra.

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