Franco-suíço substitui Nelsinho Piquet na Renault
O genebrino Romain Grosjean substitui o brasileiro Nelsinho Piquet na Renault e vai estrear na Fórmula 1 no próximo domingo, em Valência, como companheiro de equipe de Fernando Alonso.
É a segunda vez que a Suíça tem dois pilotos de F1 numa temporada. A vaga do franco-suíço Grosjean como piloto de testes da equipe Renault de F1 será ocupada pelo brasileiro Lucas Di Grassi.
Depois de Sébastien Buemi, do cantão Vaud, que corre pela Toro Rosso, Romain Grosjean, da Renault, torna-se o segundo piloto de Fórmula 1 oriundo da Suíça na atual temporada.
Nascido em Genebra em 17 de abril de 1986, ele foi definido como “um jovem com um talento impressionante” por Flavio Briatore, chefe da equipe Renaul – o mesmo Briatori que Nelsinho Piquet chamou de carrasco.
O franco-suíço também recebeu elogios do companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso, e vai estrear na Fórmula 1 no próximo domingo com muita moral dentro da Renault, no Grande Prêmio de Valência, na Espanha.
Alonso disse estar “ansioso para trabalhar com Romain, que fará um bom trabalho com certeza. “Já tenho um bom relacionamento com ele e tomara que possa nos ajudar a marcar pontos importantes para o campeonato”, afirmou o bicampeão mundial.
A troca de gentilezas entre os dois pilotos, nesta terça-feira (18/8), levou Romain Grosjean a definir Fernando Alonso como um “grande campeão” e “talvez o melhor piloto da Fórmula 1”.
Melhor do que Buemi
A ascensão de Romain Grosjean de piloto de testes para titular da Fórmula 1 é um passo lógico de sua carreira, fomentada há anos pela Renault. Após trocar o kart pela F1, em 2003, o franco-suíço venceu o campeonato suíço Fórmula Renault 1600, ficando invicto em dez corridas. Dois anos depois, ganhou a F3 Série Europa.
Ele entrou no programa de desenvolvimento de pilotos da equipe em 2006, depois de ganhar o título francês de Fórmula Renault. Desde então, embora tenha a dupla cidadania, vinha sendo preparado para que a equipe francesa tenha novamente um piloto local na elite do automobilismo mundial – o último foi Patrick Tambay, em 1985.
No primeiro ano na Série GP2, em 2008, ele ficou em quarto lugar – na versão asiática dessa competição considerada um passo para a Fórmula 1, venceu quatro corridas e ficou em primeiro lugar na pontuação geral, à frente de Buemi.
Também nesta temporada Grosjean disputou a Série GP2. Após 12 de 20 corridas, ele está em segundo lugar, atrás do alemão Nico Hülkenberg.
“Estou orgulhoso pelo fato de a Renault me dar a chance de correr na Fórmula 1. É uma honra ser colega de equipe de Fernando Alonso. Estrear ao lado de um bicampeão mundial é uma motivação a mais para mim”, disse Grosjean, o 24° suíço a ingressar na F1.
É a segunda vez que a Suíça tem dois pilotos de Fórmula 1 numa temporada. A última vez foi em 1980, quando Clay Regazzoni correu pela Ensign-Ford e Marc Surer pela ATS-Ford.
Regazzoni sofreu um acidente grave naquele ano em Long Beach(EUA) e ficou preso a uma cadeira de rodas até sua morte em 2006. Antes da estreia de Sébastien Buemi, no começo desta temporada, a Suíça ficou 13 anos sem piloto de F1.
Geraldo Hoffmann, swissinfo.ch (com agências)
2000-2003: Fórmula Renault ICA Kart
2003: Campeão da Fórmula Renault 1600
2004-2005: Fórmula Renault 2.0
Vice-campeão em 2004
Campeão em 2005
2006-2007: F3 Euroseries
13° lugar nessa competição comparável à Fórmula 3
2007: ASM
Seis vitórias, seis lugares no pódio e quatro pole positions
2008: GP2 Series e piloto de testes de F1 da Renault
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