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Fed pode mudar política monetária antes do previsto

A presidente do banco central americano, Janet Yellen, é vista em 15 de julho de 2014 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 15. julho 2014 - 18:31
(AFP)

O Federal Reserve (Fed) pode aumentar sua taxa básica de juros antes do previsto, caso a melhora do mercado de trabalho dos Estados Unidos continue superando as expectativas, indicou a presidente do banco central americano, Janet Yellen.

"Se o mercado de trabalho continuar progredindo acima do previsto, o aumento da taxa básica pode ser antecipado e ser mais rápido do que o planejado atualmente", disse Yellen em uma audiência no Congresso americano.

Desde o final de 2008, o banco central vem mantendo sua principal taxa próxima de zero para estimular a recuperação econômica. Mas, a médio prazo, pode decidir aumentá-la paulatinamente, à medida que a economia norte-americana melhorar.

Os mercados preveem um primeiro aumento em meados de 2015, mas oficialmente o Fed não fixou um prazo, e a discussão suscita divisões no interior da instituição, sob os olhos atentos dos mercados.

- Incerteza -

Segundo Yellen, os dados econômicos recentes sugerem que o crescimento foi recuperado no segundo trimestre após um início de ano no vermelho. No entanto, a recuperação deve ser "vigiada de perto", sobretudo quando se trata do mercado imobiliário, que dá sinais de fraqueza, completou.

A melhora no mercado de trabalho superou as expectativas do Fed: a taxa de desemprego caiu para 6,1% em junho.

"A economia continua avançando", resumiu Yellen, confirmando que as injeções massivas de liquidez do Fed podem terminar em outubro, em caso de contínua melhora da economia.

Como banqueira experimente, a presidente do Fed mantém a prudência, sugerindo que o banco central pode manter sua taxa básica de juros em seu nível atual caso a conjuntura mude.

"Se a performance econômica fosse decepcionante, a trajetória futura das taxas de juros poderia ser mais flexível daquela que se prevê atualmente", disse Yellen, usando o jargão típico dos bancos centrais.

"Embora a economia tenha melhorado, a reativação não foi concluída", alertou, destacando "a considerável incerteza" que cerca as previsões econômicas do Fed.

No campo do emprego, Yellen considera que muitos norte-americanos ainda estão desempregados. Ela expressou sua preocupação com a queda do percentual da população que procura emprego.

"Há sinais contraditórios sobre a economia, e o Federal Reserve deve ser muito prudente no que diz respeito à política monetária", resumiu, lembrando "esperanças" que com o tempo se revelaram "enganosas", tendo provocado um "excesso de otimismo".

Esta prudência reflete também as divisões existentes dentro do Comitê de Política Monetária (FOMC) sobre o incremento das taxas básicas, publicadas nas atas da última reunião do organismo, realizada em meados de junho.

Nesta reunião, vários participantes foram a favor de uma postura mais "progressiva" -sugerindo um aumento mais tardio das taxas- no caso de as previsões de crescimento não serem alcançadas até o fim do ano.

Outros participantes, entretanto, argumentaram o contrário, que o crescimento econômico poderia ser mais dinâmico do que o previsto, pedindo um aumento mais rápido das taxas.

Em seu relatório sobre política monetária apresentado no Congresso nesta terça-feira, o Fed indicou que o valor das ações de algumas empresas de internet e de biotecnologia está "muito exagerado", embora tenha tentado afastar os temores sobre a existência de uma bolha financeira.

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