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Juiz dos EUA absolve distribuidores de remédios em crise de opioides

Usuário de heroína mostra como extrair a droga em uma seringa limpa, em um local seguro de Vancouver, Canadá, em dezembro de 2016 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 05. julho 2022 - 19:28
(AFP)

Um juiz federal considerou que os três maiores distribuidores de remédios dos Estados Unidos não são culpados pelo grande número de dependentes de opioides na Virgínia Ocidental.

"A crise dos opioides causou danos consideráveis aos cidadãos do condado de Cabell e da cidade de Huntington", escreveu David Faber em sua sentença divulgada na noite de segunda-feira.

Segundo o magistrado, os "autores da ação não comprovaram que o volume de opioides com receita distribuídos em Cabell/Huntington foi devido a uma conduta não razoável" por parte do AmerisourceBergen, Cardinal Health e McKesson.

Para abastecer as farmácias, as três empresas entregaram mais de 51 milhões de doses de analgésicos no condado entre 2006 e 2014. As autoridades locais as acusam de fazer vistas grossas ao volume de pedidos suspeitos.

Mas "não há nada que não seja razoável na distribuição de substâncias controladas que cumprem com as prescrições legais", indica Faber.

O juiz culpou os fabricantes que "comercializam agressivamente opioides de prescrição", no lugar das empresas que os distribuem.

Depois de se tornarem dependentes de analgésicos, muitas pessoas aumentaram seu consumo e, em alguns casos, passaram a usar drogas ilegais como heroína e fentanil, um opioide sintético extremadamente potente.

A crise do ópio, que já causou mais de 500 mil mortes em 20 anos nos Estados Unidos, desencadeou uma onda de ações por parte de vítimas diretas, cidades, condados e estados que sofrem com seus efeitos colaterais.

A demanda do condado de Cabell e da cidade de Huntington se tornou um símbolo do objetivo das autoridades de que as empresas paguem o custo econômico e social da crise.

Entre 3 de maio e 28 de julho de 2021, 70 testemunhas prestaram depoimentos no juizado federal de Charleston, na Virgínia Ocidental.

Enquanto as audiências eram realizadas, as três distribuidoras e a empresa farmacêutica Johnson & Johnson concordaram em pagar 26 bilhões de dólares para encerrar um série de ações legais em um acordo que ainda está sendo finalizado.

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