ONG denuncia 67 mortes em protestos na Venezuela em 2019
Um total de 67 pessoas morreram em protestos na Venezuela em 2019, das quais 59 foram baleadas supostamente por militares, policiais e grupos civis pró-governo, denunciou nesta sexta-feira uma ONG.
Em seu informe anual, o Observatório Venezuelano de Conflito Social (OVCS) informou que seis manifestantes foram vítimas de "execuções extrajudiciais" depois protestar, enquanto um morreu de infarto e outro por golpes.
Oito dos mortos eram menores de idade, acrescentou.
A ONG afirmou que o balanço demonstra que a "resposta" do governo de Nicolás Maduro às manifestações "foi a criminalização, judicialização e a implementação da repressão letal como política de Estado".
O OVCS culpa policiais e militares pelos ataques, assim como 'coletivos', grupos chavistas que o relatório chama de "paramilitares".
A maioria das mortes ocorreu entre janeiro e fevereiro, período de muitos embates entre Maduro e o líder opositor Juan Guaidó, chefe do Parlamento reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por meio centena de países, liderados pelos Estados Unidos.
O relatório documentou 16.739 manifestações na Venezuela em 2019, com uma média de 46 diárias, o que representou um aumento de 24% em relação a 2018. Registrou também 373 saques ou tentativas de saque.