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Papa denuncia 'flagelo do desemprego' e apoia responsabilidade empresarial

Papa Francisco ministra missa no dia 5 de julho de 2014 na região de Molise afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 05. julho 2014 - 12:36
(AFP)

O papa Francisco denunciou neste sábado, durante uma visita à pequena região italiana de Molise, "o flagelo do desemprego" e mencionou a "responsabilidade das instituições e do âmbito financeiro e empresarial" diante deste desafio.

O papa ressaltou a necessidade de um compromisso "diante de situações de precariedade material e espiritual, especialmente frente ao desemprego, um flagelo que exige esforços e valor por parte de todos", durante a missa que ministrou na presença de milhares de fiéis que estavam no antigo campo de futebol de Campobasso, a capital da região.

Molise, no centro-sul da península, é uma das menores regiões da Itália, com apenas 300.000 habitantes, e um índice de desemprego de 16,4% no primeiro trimestre deste ano, contra 13,6% de média nacional.

"O emprego é um desafio que pede de maneira concreta a responsabilidade das instituições e do âmbito financeiro e empresarial", prosseguiu o Papa argentino, fiel às suas preocupações pelos mais necessitados.

"É preciso que a dignidade das pessoas esteja no centro de cada perspectiva e cada ação. Os outros interesses, embora sejam legítimos, são secundários", acrescentou.

Desde que chegou a Molise, de manhã cedo, Francisco manifestou em discurso sua dor pelo "drama do desemprego", reivindicando "um pacto" a favor do emprego, com ajuda das autoridades nacionais e europeias.

Em sua visita à região, o Papa se reuniu com jovens, com os quais também abordou o tema.

"É triste encontrar jovens 'nem-nem', nem estudos, porque não podem, nem trabalho. É um desafio que devemos vencer juntos. Não podemos nos resignar a perder uma geração que não tem emprego e que, portanto, não tem dignidade", afirmou.

O desemprego entre os jovens é um problema sério na Itália, onde afeta, segundo números de maio de 2014, 43% dos jovens economicamente ativos entre 15 e 24 anos.

O Papa visitou, ainda, os detentos da penitenciária de Isernia, outra localidade de Molise.

Uma delegação de presos denunciou, perante o papa, "a situação desumana" que prevalece nas prisões da Itália, devido ao problema da superlotação carcerária. Os presos pediram a Francisco que intervenha junto às autoridades políticas italianas para que o Parlamento contemple "um ato de clemência" a favor dos presos.

Francisco dirigiu-se em seguida para a catedral de Isernia, onde saudou a população local e doentes antes de voltar de helicóptero para o Vaticano.

De volta ao Vaticano, o Papa Francisco lamentou os numerosos dramas da imigração e as tragédias que "se sucedem a um ritmo rápido", em mensagem enviada ao bispo da ilha italiana de Lampedusa.

"Um ano depois, o problema da imigração se agrava e outras tragédias se sucedem a um ritmo rápido", disse o Papa em mensagem enviada um ano após sua visita à ilha italiana.

O santo padre viajou em julho de 2013 a Lampedusa para homenagear as centenas de imigrantes africanos mortos quando tentavam atravessar o Mediterrâneo rumbo à Europa.

Lampedusa se situa a centenas de metros da costa do norte da África.

"Nosso coração suporta mal a morte de nossos irmãos e irmãs, que enfrentam extenuantes viagens para escapar dos dramas, da pobreza, das guerras, dos conflitos, geralmente vinculados às políticas internacionais", disse o Papa.

"Venho, uma vez mais (...) ao Mar Mediterrâneo para chorar com aqueles afetados pela dor e para lançar flores pelas mulheres, homens e crianças vítimas de um drama que parece não ter fim".

A Marinha italiana socorreu no domingo um barco com refugiados a bordo, no qual encontrou 45 corpos. Outros refugiados denunciaram na quarta-feira o desaparecimento de 80 companheiros de viagem.

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