Com números em queda, Chile anuncia desconfinamento gradual em Santiago
Com números que “continuam melhorando”, autoridades de saúde do Chile anunciaram nesta sexta-feira (24) o início de uma primeira etapa de desconfinamento em sete comunas de Santiago na próxima semana.
A flexibilização em etapas, com quarentena obrigatória nos finais de semana, também inclui duas comunas da região de Valparaíso, 120 km a oeste da capital.
Um mês depois de atingir o pior estágio da epidemia de coronavírus, que deixou quase 9.000 mortes confirmadas com testes de PCR, a abertura parcial abrange cerca de nove dos 18 milhões de habitantes do Chile.
O país está entre os dez com mais casos no mundo, o único com menos de 30 milhões de habitantes do ranking da Universidade Johns Hopkins.
A situação é desigual no território. Enquanto uma reabertura gradual inicia na Região Metropolitana, após 70 dias de quarentena, há a imposição do confinamento em Copiapó e La Calera, La Cruz e Isla de Maipo.
Nesta fase de “transição” até o desconfinamento total, é possível sair de segunda a sexta-feira, mas não nos finais de semana ou feriados nas comunas de Vitacura, Las Condes, Lo Barnechea, Ñuñoa, La Reina, Colina e Til Til, San Antonio e San Felipe, na região de Valparaíso.
O comércio não essencial, cinemas, teatros, restaurantes e cafés permanecem fechados.
Também serão permitidas reuniões em salas fechadas de até cinco pessoas e atividades esportivas em locais abertos com até 10 pessoas.
Com um total de 341.304 casos e 12.435 mortes, considerando os óbitos “prováveis”, o Chile completa sete semanas com baixo número de infecções por coronavírus.
Após uma tentativa de reabertura em abril levar a uma escalada de infecções, a flexibilização desta vez mantém o toque de recolher noturno, as fronteiras fechadas ao turismo e suspensão de aulas presenciais, exceto na Ilha de Páscoa.
Nas últimas 24 horas, o Chile registrou 2.545 novos contágios e bateu o recorde de 21.021 exames de PCR (swabs).
O ministro da Saúde Enrique Paris disse que “os números continuam melhorando”, após uma queda de 15% nos casos diários nos últimos sete dias e 30% nas últimas duas semanas.
A taxa diária de testes PCR positivos também caiu para 12,8%.