Contas na Suíça
Existem dois tipos de conta na Suíça: a conta comum e a conta numerada.
A conta comum é aquela que tem, normalmente, cada cidadão suíço. Ela tem as mesmas regras das contas-correntes no Brasil, Portugal ou em qualquer parte do mundo.
No caso de um estrangeiro, para se abrir uma conta na Suíça é preciso que ele esteja residindo no país. Na abertura ele precisa apresentar o passaporte e visto de residência.
Suas tarifas podem variar. Assim como em outros países, cada banco oferece também um pacote de serviços diferenciado, segundo o desejo de cada um.
A conta numerada é um capítulo à parte.
Ao contrário da lenda, encontrada em romances de espionagem, não existe “conta anônima” na Suíça. O que existem são contas especiais, para clientes que queiram fazer um depósito com somas geralmente acima dos 100 mil francos suíços (US$ 72 mil).
Essas contas não são anônimas: esses clientes devem apresentar na abertura o passaporte e cópias, endereços de residência e trabalho e também provas da origem do dinheiro.
“Elas podem ser certificadas de herança, notas fiscais ou qualquer outro documento que explica como foi gerada a fortuna”, explica Michel Canals, diretor executivo no UBS e responsável pela administração de bens de clientes portugueses.
Bancos como o UBS dispõe hoje em dia de grupos de especialistas, divididos por países, que “são capazes de analisar documentos e as histórias contadas pelos clientes”.
A conta especial é numerada e anônima, porém um grupo reduzido no banco tem o controle e todas as informações relativas ao seu proprietário. A conta numerada também não é gratuita: “o cliente tem de pagar no mínimo 500 francos suíços pelos custos de administração”, explica Canals.
Atendimento personalizado
Esse serviço especial é personalizado: “quando o possuidor de uma conta numerada chega no banco, ele é recebido pelo gerente, que é o único a saber da sua identidade. Atendemos essa pessoa em salas especiais e atendemos seus desejos, sejam eles de investimento, transferência ou saques”, afirma Canals.
swissinfo, Alexander Thoele
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