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O franco suíço bem valorizado já não assusta tanto a indústria

Keystone / Alessandro Crinari

Um euro está valendo apenas 1,04 francos suíços. Recentemente, a moeda suíça atingiu o ponto mais alto de valorização dos últimos 6 anos. Embora o franco forte torne os produtos suíços mais caros no exterior, hoje são poucos os exportadores que reclamam do câmbio. A indústria suíça tem se adaptado à valorização do franco.

Este conteúdo foi publicado em 21. janeiro 2022 - 13:04
Nicolas Rossé, RTS

A Micro Precision Systems (MPS), localizada em Biena, no cantão de Berna, registrou um recorde de pedidos no último ano. Para dar conta da demanda, a empresa especializada em tecnologias médicas contratou cerca de cinquenta pessoas para 2022. “Em algumas áreas, tivemos uma desaceleração. Mas, considerando toda a nossa produção, 2021 foi um dos anos recordes ”, disse o diretor administrativo Nicola Thibaudeau ao canal suíço RTS.

A Micro Precision Systems está longe de ser um caso isolado. As dez empresas suíças contactadas pela RTS estão com uma agenda cheia e encomendas que não param de chegar. No entanto, todas elas são empresas exportadoras e, por isso,  enfrentam uma desvantagem competitiva: o franco forte. Hoje, com a moeda suíça custando quase o mesmo que o euroLink externo, o preço dos produtos exportados ficou mais alto.

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Mas então como explicar esses sucessos comerciais? “Inovação, inovação, inovação”, responde Nicola Thibaudeau. Trabalhamos com muita inovação para que o produto custe menos para o cliente e para que nos custe menos produzi-lo”.

Destaque no mercado

Um exemplo de inovação na produção é uma máquina da empresa Humard Automation, de Delémont, que consegue abastecer a linha de produção da MPS com peças automaticamente, 24 horas por dia. A automatização desse processo foi uma grande inovação para a indústria suíça, pois permitiu à MPS repatriar uma unidade de produção que estava sediada na Eslováquia.

Para a Humard Automation, é vital estar um passo à frente: “Tentamos, por meio de produtos exclusivos, nos diferenciar da concorrência estrangeira. Às vezes, são máquinas muito especiais, que são as primeiras do mundo, para produzir certas operações”, explica seu diretor Georges Humard.

A inovação às vezes requer paciência, como o coração artificial da MPS que está sendo desenvolvido há mais de 10 anos. "O primeiro coração artificial produzido em Biena será implantado em um paciente nas próximas semanas", anuncia com orgulho Nicola Thibaudeau, diretor da empresa.

Estabilidade

Christophe Reymond, diretor do Swiss Employers Centre, também explica a resiliência da economia suíça por meio da diversificação do tecido econômico. “A diversificação espalha muito os riscos. Então, temos certos setores que estão realmente com boas performances, como farmacêutico, químico ou financeiro, e que geram um efeito dinâmico que abrange todo o tecido".

A estabilidade política e social do país também pesa positivamente para o sucesso da economia suíça. “O mundo econômico ama apenas a estabilidade”, conclui Christophe Reymond.

Adaptação: Clarissa Levy

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