Vigilância de preços crítica taxas bancárias suíças

Keystone / Henrik Montgomery

Nos últimos 20 anos, as taxas cobradas pelos bancos suíços dobraram.

Em uma entrevista publicada no jornal NZZ am Sonntag no domingo, Stefan Meierhans, vigilante dos preços, disse receber dezenas de reclamações sobre as taxas bancárias excessivas. Em um exame mais detalhado, ele descobriu que muitas instituições bancárias haviam aumentado ainda mais seus preços desde a última pesquisa em 2015.

Meierhans citou a conta poupança como um exemplo. Na pesquisa de sete anos atrás, tais contas eram gratuitas. Hoje, um em cada três bancos cobra uma taxa anual de CHF36. Além disso, são cobradas taxas para gerenciamento de contas, ordens de pagamento, cartões bancários ou transações em moeda estrangeira.

Ele foi especialmente crítico em relação à política de cobrança de taxas pelo fechamento de uma conta e pela transferência de um depósito para outro banco. Taxas desproporcionais poderiam tornar mais difícil a mudança para um fornecedor mais barato. Isto impediria o funcionamento de um mercado e violaria a lei da concorrência.

A Secretaria de Estado para Assuntos Econômicos (Seco) escreveu aos bancos por iniciativa do vigilante de preços. Na carta, a Seco pede uma redução ou eliminação das taxas ao mudar de banco. Até o momento, os bancos não deram ouvidos a esta advertência e Meierhans quer mais medidas regulatórias.

De acordo com um estudo da empresa de auditoria PwC, os clientes dos bancos suíços são, de longe, os mais acomodados do mundo. As instituições financeiras ganham uma média de CHF550 francos por ano por cliente. No Reino Unido, o valor é de apenas CHF140.