Salão de Genebra tem 56 novidades mundiais
O Salão de Genebra, único europeu e anual, vai até 14 de março. Os organizadores esperam mais de 700 mil visitantes.
Com 56 lançamentos mundiais, 924 marcas de 30 países para sua 74a edição, o Salão de Genebra está cada vez mais importante.
“Um pouco menos de sonho e um pouco mais realidade”. Essa foi a definição da tendência para Salão Internacional de Genebra este ano, definida por seu diretor, Claude Sage. A 74a edição, de 4 a 14 de março.
Apesar da retração do mercado nos dois últimos anos na Suíça e na Europa (as vendas cairam entre 7 e 8%), as montadoras acreditam que este ano será o da retomada do crescimento, embora isso ainda não tenha ocorrido desde o início do ano.
No entanto, o Salão de Genebra não cessa de crescer, com mais de 100 kms 2 de exposição. O mercado suíço, apesar de pequeno, é um mercado teste porque exigente e de alto poder aquisitivo. Além disso, a Suíça não produz automóveis o que diferencia Genebra de Paris e Frankfurt, ambos de dois em dois anos e muito marcados pelas montadoras dos dois países.
Coincidência ou não, o número de protótipos diminuiu e o Salão está cheio de modelos práticos e mais próximos da comercialização. É sabido que a grande maioria das pessoas sonha com os protótipos mas compra veículos mais adaptados às necessidades cotidianas.
Daí que este ano não há realmente uma grande novidade no Salão mas a confirmaçãodo do que já vinha ocorrendo há alguns anos, ou seja, uma tendência aos modelos híbridos, não somente de motores -que ainda são poucos – mas de estilos, que já são muitos.
Tudo se transforma
Essa mistura de estilos já está presente em todos os segmentos, até na categoria superior. É o caso do Mercedes 500 da nova linha CLS, apresentada pela primeira vez em Genebra. Não é o mais o clássico de passeio nem somente um cupê esportivo mas a fusão de ambos.
Patrick Le Quément, responsável do “design” na Renault, acha que acabou a época dos modelos bem precisos, por categoria, que existiram durante décadas. “Agora, novos conceitos são montados num mesmo chassis”, afirma.
Um dos filhos mais pródigos desses casamentos estilísticos é a minivan. Só para citar montadoras européias, a Renault está lançando a Modus, com chassis da Clio e 20% mais alta. A Seat (do grupo Volskswagen) apresenta a Altea, que começa a ser comercializada em junho. A Lancia lança em Genebra a Musa, na verdade uma Fiat Idea, mais luxuosa. No mesmo segmento, a Colt da Mitsubishi, também virou minivan. A concorrência vai ser dura!
Clássicos e conversíveis
Mas é claro que os clássicos ainda mantém parte importante do mercado e se renovam. A Audi mostra o novo A6, a Alfa Romeo uma nova perua (Crosswagon), com tração integral a Jaguar apresenta em Genebra a primeira perua de sua história e o Peugeot 407, que substitui o 406, entre outros.
O Salão de Genebra também é “terra” dos conversíveis. Entre as novidades, há um Chevrolet Corvette (com motor de 6 litros e 400 CV), um Mini (do grupo BMW) e um versão “roadster” do Tigra, da Opel (GM européia), com capota de aço aberta com controle remoto.
Com o Salão 2004 sendo aberto, os organizadores já anunciam o de 2005: um século de paixão pelo automóvel, que vai comemorar o centário da primeira exposição realizada na Suíça e os 75 anos do Salão Internacional de Genebra.
swissinfo, Claudinê Gonçalves, Genebra
– Salão de Genebra está na 74a edição.
– É o único salão europeu anual.
– 102 km2 de exposição: 924 marcas de 30 países.
– A Suíça é um mercado pequeno mas teste, porque exigente e de alto poder aquisitivo.
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