Sexto suspeito do homicídio de promotor paraguaio é preso na Venezuela

Autoridades venezuelanas capturaram em Caracas o sexto suspeito do homicídio do promotor antimáfia paraguaio Marcelo Pecci, morto em maio, quando passava a lua de mel em uma praia do Caribe colombiano, informou a polícia da Colômbia nesta quarta-feira (21).
O cidadão venezuelano Gabriel Carlos Luis Salinas Mendoza está detido em Caracas e é acusado de pilotar o jet ski em que estava o atirador que matou o promotor de 45 anos, segundo um boletim.
Investigado pelos crimes de homicídio qualificado e tráfico de armas e munições, Salinas é o sexto preso pelo assassinato de Pecci, que foi baleado na frente de sua esposa, grávida, em 10 de maio, na ilha de Barú, perto de Cartagena (norte).
Quatro dos homens detidos confessaram responsabilidade e foram condenados a 23 anos de prisão cada um.
“Este cidadão venezuelano está à disposição do serviço de inteligência venezuelano, privado de liberdade”, aguardando “coordenação” entre os Ministérios Públicos dos dois países para “garantir” que “cumpra pena”, assegurou em coletiva de imprensa o diretor da polícia colombiana, general Henry Armando Sanabria.
O chefe da instituição informou que a Venezuela “impede a extradição de seus cidadãos” e, por isso, Salinas será processado em seu país.
As autoridades não determinaram os autores intelectuais do assassinato de Pecci, que investigava casos de narcotráfico e crime organizado.
Os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 5 milhões de dólares para quem fornecer informações sobre os responsáveis pelo crime.
Ao longo da investigação internacional, algumas organizações criminosas surgiram como suspeitas, como o grupo criminoso brasileiro PCC (Primeiro Comando da Capital), o venezuelano Tren de Aragua e o uruguaio Clã Insfrán.
Pecci, especializado em crime organizado, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, tinha investigado quadrilhas no Brasil, além de especialistas em lavagem de dinheiro libaneses na Tríplice Fronteira entre o Paraguai, o Brasil e a Argentina.