
Suíços são campeões da longevidade

O número de centenários, bem como a expectativa de vida em geral, está aumentando na Suíça. Um menino nascido na Suíça em 2021 tem a maior expectativa de vida do mundo.
Em 1990, 377 centenários viviam na Suíça; dez anos depois o número havia aumentado para 787 e agora são 1.888, dos quais três quartos são mulheres, revelouLink externo o jornal Le Matin Dimancheno domingoLink externo.
“Segundo o ranking elaborado pela OCDE, um menino nascido em nosso país em 2021 terá a maior expectativa de vida possível aos 81,9 anos, logo à frente dos islandeses, noruegueses e japoneses”, disse ao jornal o sociólogo Stéphane Cullati, pesquisador da Universidade de Friburgo.
Para uma menina nascida em 2021, o prognóstico é “também muito favorável”, pois a Suíça está em quarto lugar atrás do Japão, Coreia do Sul e Espanha, com uma expectativa de vida de mais de 85 anos.
“Segundo algumas estimativas demográficas, uma em cada duas crianças nascidas na Suíça após o ano 2000 se tornará centenária”, disse Daniela Jopp, professora da Universidade de Lausanne que está liderando o primeiro estudo nacional sobre centenários.
Ser velho é uma coisa, ser saudável é outra. Mas, de acordo com Cullati, “uma pessoa que se aposenta aos 65 anos ainda tem uma média de 15 a 20 anos de boa saúde pela frente. Isto é considerável, e nos permite planejar com antecedência”.

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Desigualdade
Entretanto, um estudo recenteLink externo realizado por Stéphane Cullati e Adrien Redmund mostrou mais uma vez que a sociedade suíça não é igual quando se trata de expectativa de vida com boa saúde. Uma desigualdade persiste e cresce entre as pessoas com nível superior e aquelas que não estudaram além da escolaridade obrigatória.
“A diferença é significativa, especialmente para os homens”, disse Cullati. “Em 1994 a diferença entre os dois era de 7,6 anos. Agora, os graduados viverão por mais 8,8 anos em boa saúde”.
Uma explicação possível para isto, sugere ele, é que as pessoas que passaram mais tempo na escola “estão mais conscientes das campanhas de prevenção, estão mais preocupadas com sua saúde e consultam [os médicos] com mais regularidade”.

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