Três perguntas, duas pátrias

Em um encontro informal em Zurique, suíços-brasileiros falaram sobre o que mais admiram — e o que mais sentem falta — nos dois países que chamam de casa.

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Foi em meio a pratos simples e lembranças fortes que um grupo de suíços-brasileiros se reuniu no sábado, 5 de abril, em Zurique. A cantina da Metzgerei Angst, modesta e acolhedora, virou cenário de um encontro marcado por afetos e memórias compartilhadas — o tipo de reunião que só acontece quando se vive entre dois mundos.

O anfitrião foi Hanspeter Häfeli, ou simplesmente Pedro, como é chamado no Brasil. Dono da empresa de carnes e frios Berna e delegado da Organização dos Suíços no Exterior, ele decidiu reunir conterrâneos e compatriotas para conversar, trocar ideias e matar a saudade — da terra natal ou da terra de adoção.

“Tem muito jovem suíço-brasileiro que quer vir pra cá estudar, mas chega e se sente sozinho”, disse Pedro. “Falta alguém que fale a mesma língua, que entenda a cultura. Às vezes, só saber que tem gente que já fez esse caminho é o suficiente para dar coragem.”

Durante o encontro, a equipe de reportagem da SWI swissinfo.ch ouviu alguns dos participantes. No vídeo, eles respondem a três perguntas simples — mas cheias de significado — sobre pertencimento, saudade e aprendizado. O resultado é um retrato delicado da experiência de quem vive com o coração dividido entre dois países.