Helvecia

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"Átila, você é crente? Não, é apenas o estilo. Helvécia, Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

Lucas Costa Macena, conhecido pelo apelino de "Surfista" e Milton Meira Salvador (na moto), apelido "Nêgo". Helvécia, Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

Wingles Vieira (no centro), apelido "Boneco", e Artur Soares Couto (direita), apelido “Boca de C" e João Vitor Monteiro Dutra (esq.), apelidado "Vendita", fazam uma demonstração de capoeira. Helvécia, Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

Festa de São Sebastião, um evento tradicional trazido pelos europeus para lembrar a luta entre árabes e cristãos na Idade Média. Helvécia, Bahia, Brasil. Janeiro de 2016. ©Dom Smaz

Jovens dançam ao lado de carros equipados com auto-falantes durante a festa de São Sebastião. Helvécia, Bahia, Brasil. Janeiro de 2016. ©Dom Smaz

Terreiro de Umbanda da Mai Maria. Helvécia, Bahia, Brasil. Janeiro de 2016. ©Dom Smaz

Criança preparando para pular no rio "Peruípe". Helvécia, Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

Faustina Zacarias Carvalho,
 Maria Piedade Tersilha e 
Maria D’ajuda Tersilha dançam o "Bate-Barriga", uma dança tradicional de origem africana. Helvécia, Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

Jovens na antiga estação de trem de Helvécia, desativada há muitos anos. Bahia, Brasil. Janeiro de 2016. ©Dom Smaz

Igreja evangélica em Helvécia. Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

Crianças de Helvécia com brinquedos distribuídos no período natalino por doadores. Helvécia, Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

Túmulos da família Sulz, a única de origem suíça-alemã que ainda continua no vilarejo. Cemitério local. Helvécia, Bahia, Brasil. Janeiro de 2016. ©Dom Smaz

Rosemar Cerqueira Rafael com o retrato do avô Henrique Sulz, descendente da família de origem suíça-alemã. Helvécia, Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

Jovem coberta por azeite de dendê como rito de inicialização no terreiro da Mãe Maria. Helvécia, Bahia, Brasil. Junho de 2016. ©Dom Smaz

Crianças de Helvécia fazem fila para receber presentes de Natal trazidos por uma associação. Helvécia, Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

Átila (centro) e seus dois amigos. Helvécia, Bahia, Brasil. Dezembro de 2015. ©Dom Smaz

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Helvécia, uma pequena aldeia do estado da Bahia, nordeste brasileiro, é o que resta de duas vastas fazendas fundadas por um imigrante suíço. Helvetia I e Helvetia II foram ambas fundadas por Johannes Martin Flach, suíço nascido em Schaffhausen em 1787.

Flach tornou-se um confidente e amigo íntimo de Maria Leopoldina, que se tornou Imperatriz do Brasil ao se casar com D. Pedro, um príncipe herdeiro português, em 1817. Flach recebeu a terra da Colônia Leopoldina e a administrava a partir do Rio de Janeiro.

No momento da abolição da escravidão em 1850, a plantação era uma parte importante da produção de café do país. O café constituiu 40% das exportações no Brasil, o maior produtor de café do mundo. A indústria cafeeira brasileira dependia de escravos. Na primeira metade do século XIX, 1,5 milhões de escravos foram trazidos da África para trabalhar nas plantações do país.

Hoje, Helvécia é o lar de três famílias descendentes de imigrantes alemães e uma família descendente de imigrantes suíços. Mais de 80% da população atual é de ascendência africana. As culturas europeias e africanas coexistem em choque ideológico: evangélicos criticam os negros para praticar rituais “maus”. A escravidão ainda assombra esse espaço.

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Todas as imagens: Dom Smaz, Texto: Thomas Kern / swissinfo.ch