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BNP Paribas se declara culpado por violar embargos dos EUA e paga multa recorde

Agência do Paribas em Montpellier afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 30. junho 2014 - 22:26
(AFP)

O maior banco da França, BNP Paribas, reconheceu nesta segunda-feira ter violado os embargos norte-americanos contra Cuba, Irã e Sudão, e aceitou pagar uma multa de 8,9 bilhões de dólares para evitar sofrer processos penais nos Estados Unidos - informaram fontes do governo americano.

A sanção financeira, aplicada após meses de intensas negociações, é a mais elevada já imposta a um banco estrangeiro nos Estados Unidos.

"O BNP teve muito trabalho para dissimular transações proibidas, apagar seu rastro e burlar as autoridades americanas", destacou o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, em um comunicado.

"Esses atos representam uma grave violação da lei americana", acrescentou.

O montante corresponde a 8,8 bilhões de dólares de multa e 143 milhões de dólares em gastos, o que eleva a soma a 8,9 bilhões.

O total é equivalente à soma das multas impostas em 2012 e 2013 por Washington a vários bancos estrangeiros, como os britânicos HSBC e Standard Chartered, o holandês ING e o suíço Crédit Suisse.

A sanção representa o montante que o BNP reconheceu ter transferido para os Estados Unidos em nome de seus clientes sudaneses (6,4 bilhões de dólares), cubanos (1,7 bilhão) e iranianos (650 milhões).

Em um comunicado divulgado na noite desta segunda-feira em Paris, o diretor-geral do BNP Paribas, Jean-Laurent Bonnafé, reconheceu os "erros cometidos no passado" e "lamentou" o caso.

O reconhecimento da culpa, inédito para um banco, evitará que a instituição seja alvo de um processo judicial. Como consequência, o BNP Paribas deverá ser exposto às demandas de terceiros e à perda de grandes clientes institucionais que podem querer cortar laços com a entidade.

O órgão regulador financeiro francês avaliou, ainda nesta segunda-feira, que o banco é "capaz de absorver as consequências antecipadas" da sanção.

A autoridade de controle da França, ACPR, informou que examinou as contas do grupo francês e concluiu que sua situação de liquidez e solução era "absolutamente sólida".

As sanções financeiras incluem a suspensão, por um ano, a partir de janeiro de 2015, das atividades "de compensação", em dólares, necessárias para as atividades internacionais do banco francês.

A implementação da pena será progressiva: o BNP Paribas terá até 31 de dezembro de 2014 para encontrar uma instituição financeira que se comprometa a realizar seus pagamentos em dólares.

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