Justiça anula decisão que obrigava Bolsonaro a usar máscara e a classifica como 'desnecessária'
Uma juíza anulou nesta terça-feira (30) a decisão que obrigava o presidente Jair Bolsonaro a usar máscara em locais públicos em Brasília como prevenção contra o coronavírus, por considerar a medida desnecessária, pois seu uso já é obrigatório.
A magistrada de segunda instância, Daniele Maranhão Costa, aceitou a apelação apresentada na sexta-feira por Bolsonaro através da Advocacia Geral da União (AGU).
Maranhão Costa não comentou se o presidente deveria usar máscara ou não.
O presidente não pediu, em sua apelação, para deixar de usá-la, mas que fosse tratado como qualquer outro cidadão do Distrito Federal (DF), onde o uso da máscara é obrigatório, sob pena de multa de 2.000 reais.
"A existência da norma que força o uso da máscara de proteção no distrito eleitoral do Distrito Federal (...) elimina a necessidade de intervenção do Judiciário para reconhecer a mesma obrigação, que já está estabelecida na norma", escreveu a magistrada no texto, ao qual a AFP teve acesso.
Desde o início da crise, o presidente, cético em relação à pandemia em uma campanha aberta contra as medidas de quarentena adotadas pelos estados, permanece sem máscara na maioria de suas aparições públicas, apesar da obrigação de usá-la.