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Panamá encontrou dezenas de restos humanos como resultado da invasão dos EUA em 1989

Este conteúdo foi publicado em 11. junho 2020 - 18:19 minutos
(AFP)

As autoridades panamenhas recuperaram em uma vala comum dezenas de restos humanos pertencentes às vítimas da invasão americana de 1989, que encerrou o regime do ex-ditador Manuel Antonio Noriega, informou o Ministério Público nesta quinta-feira (11).

"Até o momento, foram encontrados mais de 70 restos", dos quais 16 foram transferidos ao necrotério judicial do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses "para suas respectivas análises", disse o MP.

Autoridades judiciais do Panamá iniciaram em janeiro deste ano a exumação de restos mortais de vítimas enterradas em uma fossa comum do cemitério Jardim da Paz, localizado na Cidade do Panamá.

As exumações foram feitas após a reabertura de 14 investigações inacabadas sobre civis mortos durante a invasão. O objetivo é identificar os restos mortais e determinar as causas da morte.

Os trabalhos foram suspensos devido às medidas tomadas pelo governo para evitar a propagação do coronavírus, mas foram retomados nesta semana.

Em 20 de dezembro de 1989, mais de 27.000 soldados dos EUA invadiram o Panamá para derrubar Noriega (1983-1989), procurado por um tribunal de Miami por tráfico de drogas.

Oficialmente, houve cerca de 500 mortos embora algumas organizações garantam que foram milhares.

O governo panamenho do ex-presidente Juan Carlos Varela criou por decreto em 2016 uma comissão para contabilizar e identificar os mortos pela invasão.

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