Navigation

Parte de foguete da SpaceX se chocará com a Lua no início de março

Decolagem do foguete SpaceX Falcon 9 que lançou o satélite DSCOVR de Cabo Canaveral, na Flórida, em fevereiro de 2015 afp_tickers
Este conteúdo foi publicado em 26. janeiro 2022 - 20:09
(AFP)

O segundo módulo de um foguete da SpaceX que decolou há sete anos se chocará com a Lua em março, segundo especialistas, que recalcularam a trajetória dessa estrutura que ficou flutuando no espaço.

O foguete foi utilizado em 2015 para colocar em órbita um satélite de observação climática da Terra, o Deep Space Climate Observatory (DSCOVR).

Desde então, o segundo módulo utilizado para impulsioná-lo flutuou no cosmos em uma órbita chamada "caótica" pelos matemáticos, disse à AFP Bill Gray, o astrônomo que descobriu a nova trajetória.

O objeto passou bem perto da Lua no início de janeiro, o que mudou sua órbita, explicou o responsável pelo Projeto Plutão, um software que permite calcular as trajetórias de asteroides e outros objetos, usado por programas de observação financiados pela Nasa.

Uma semana depois, o especialista conseguiu observar novamente partes do foguete para perceber que elas se chocariam com a face oculta da Lua em 4 de março.

Depois de lançar um apelo à comunidade de astrônomos amadores para fazer novas observações, os dados foram confirmados.

A hora e o local precisos ainda podem mudar em minutos e quilômetros, mas a colisão é certa.

"Tenho rastreado detritos espaciais como este há cerca de 15 anos, e este é o primeiro impacto lunar não intencional" detectado, disse ele.

A queda deste objeto de aproximadamente quatro toneladas não será visível da Terra quando ocorrer.

A colisão deve provocar uma cratera que poderá ser observada por cientistas mais tarde, em particular pelo Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) da Nasa ou pelo Indian Chandrayaan-2, lançando uma nova luz sobre a geologia lunar.

As naves espaciais foram lançadas intencionalmente à Lua no passado para fins científicos.

Em 2009, a Nasa lançou um segundo módulo de foguete com o objetivo de atingir uma área perto de seu Polo Sul para estudar a presença de água.

Mas a maioria dos foguetes SpaceX se separa do segundo módulo a uma distância menor, normalmente permitindo que volte a entrar na atmosfera da Terra, onde se desintegra sobre o oceano.

No entanto, esses impactos lunares não planejados podem se multiplicar no futuro, de acordo com Bill Gray, especialmente devido aos objetos que os programas lunares dos EUA e da China deixarão em seu caminho.

Modificar sua senha

Você quer realmente deletar seu perfil?

Boletim de Notícias
Não foi possível salvar sua assinatura. Por favor, tente novamente.
Quase terminado… Nós precisamos confirmar o seu endereço e-mail. Para finalizar o processo de inscrição, clique por favor no link do e-mail enviado por nós há pouco

Leia nossas mais interessantes reportagens da semana

Assine agora e receba gratuitamente nossas melhores reportagens em sua caixa de correio eletrônico.

A política de privacidade da SRG SSR oferece informações adicionais sobre o processamento de dados.