Os suíços são grandes fãs de monumentos nacionais e outros patrimônios - mais de 70% da população visitou um castelo, igreja ou outro local cultural na Suíça pelo menos uma vez em 2016, revelou uma pesquisa.
Este conteúdo foi publicado em 19. dezembro 2018 - 14:34
O Château de Chillon, uma fortaleza medieval nas margens do Lago de Genebra, perto de Montreux, é o monumento mais visitado na Suíça Keystone
Naquele ano, a Suíça tinha um total de 272.000 monumentos nacionais - incluindo castelos, igrejas, pontes e estátuas - dos quais 75.084 estavam protegidos, informou o Departamento Federal de Estatísticas (OFS, na silgla em francês) na primeira pesquisa abrangente sobre monumentos nacionais.
Mais da metade desse patrimônio está localizada em apenas cinco cantões: Vaud, Friburgo, Genebra, Berna e Argóvia. A Suíça também abriga atualmente 12 Patrimônios Mundiais da UNESCO - nove culturais e três naturais - incluindo os vinhedos de Lavaux, a Abadia de St. Gallen e a Cidade Velha de Berna.
O OFS disse que havia 39.000 sítios arqueológicos localizados em 9.800 áreas protegidas que se estendem por 40.000 hectares, e 7.200 igrejas e outros edifícios religiosos, principalmente em regiões católicas.
O Cantão de Vaud é o lugar de maior importância nacional, seguido de Friburgo. Os falantes de francês geralmente visitam monumentos nacionais com mais frequência do que os falantes de alemão ou italiano, disse o OFS.
Na terça-feira (18), o departamento nacional de estatísticas também divulgou números sobre gastos públicos em cultura em 2016, que mostraram um aumento de CHF2,8 bilhões no ano anterior para CHF3 bilhões. O gasto público nacional em cultura foi de CHF363 por pessoa em 2016, ou 0,4% do produto interno bruto (PIB).
O sítio natural do Jungfrau-Aletsch-Bietschhorn, que entrou para o Patrimônio Mundial da UNESCO em 2001 como Alpes Suiços Jungfrau-Aletsch. Só posteriormente, em 2007, é que se lhe juntou o Bietschhorn. Keystone
As geleiras do Aletsch são as mais extensas dos Alpes. Reuters
La Chaux-de-Fonds e Le Locle: as duas cidades relojoeiras da Suíça. O planejamento urbano e os edifícios refletem a necessidade de organização racional. Keystone
Planejada no começo do século 19, após vários incêndios, as duas cidades devem sua existência à indústria relojoeira. Reuters
Fundada no século 12 sobre uma colina cercada pelo rio Aare, Berna desenvolveu ao longo dos séculos de acordo com um conceito de planejamento excepcionalmente coerente. Keystone
Os edifícios na cidade velha de Berna, que data de uma variedade de períodos, incluem arcadas do século 15 e fontes do século 16. A maioria da cidade medieval foi restaurada no século 18, mas manteve seu carácter original. Keystone
A cidade de Bellinzona, no cantão do Ticino, abriga um grupo de fortificações ao redor do castelo Castelgrande. Keystone
As muralhas foram construídas para proteger a cidade antiga e bloquear a passagem através do vale. Keystone
Os vinhedos de Lavaux se estendem por 30 quilômetros ao longo do lago de Genebra. Reuters
Os registros históricos mostram que a região já era utilizada para a produção de vinhas no século 11. Reuters
A Companhia de Trem Rhaetian em Albula juntou duas linhas ferroviárias históricas, que atravessam dois desfiladeiros nos Alpes suíços. Keystone
A linha consiste em 42 túneis, diversas galerias e 144 viadutos e pontes. Keystone
Convento de St. Gallen, um exemplo perfeito de um grande mosteiro carolíngio que foi, desde o século 8 até a sua secularização em 1805, um dos mais importantes da Europa. swiss image
Sua biblioteca é uma das mais ricas e antigas do mundo e contém preciosos manuscritos como um dos mais antigos planos arquitetônicos já conhecido em pergaminho. AFP
Dezessete edifícios em sete países foram projetados pelo conhecido arquiteto suíço Charles-Edouard Jeanneret-Gris, mais conhecido como Le Corbusier. O conjunto é candidato a reconhecimento pela UNESCO. A foto: a modesta casa que ele construiu para seus pais nas margens do lago Genebra. AFP
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