Töpffer, precursor da charge política

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Cartaz da exposição temporária no Museu Internacional da Reforma, em Genebra: "1814, primeiras críticas em Genebra?" Musée d'art et d'histoire_Genève

"Conversa entre um soldado e um surdo", 1817 Musée d'art et d'histoire_Genève

"A máquina de moer Escritos", entre 1800-1819. (Charge das lutas de poder entre católicos e protestantes.) Musée d'art et d'histoire_Genève

"O Corpo retido dos perús das Artes contra Töpffer», 1819. (O artista teve muitas dificuldades com o prefeito de Genebra, Joseph Des Artsles, defensor da arte oficial). Musée d'art et d'histoire_Genève

"Pequeno aparelho sevindo a diminuir ou aumentar a generosidade dos cidadãos", 1816? Musée d'art et d'histoire_Genève

"O dia do negócio das batatas", 1817. (Alusão a uma revolta em outubro de 1817.) Musée d'art et d'histoire_Genève

Retrato do pintor Wolfgang-Adam Töpffer por Jean-Léonard Lugardon, 1840. Musée d'art et d'histoire_Genève

• Cenário 1
• Cenário 2
• Cenário 3
• Cenário 4
• Cenário 5
• Cenário 6
• Cenário 7

O Museu Internacional da Reforma, em Genebra, apresenta uma exposição de Wolfgang-Adam Töpffer. O pintor fez charges ferozes que já se inscrevem na problemática da potência das imagens e da função social da charge.

Formado em Paris sob a Revolução Francesa, o pintor suíço Wolfgang-Adam Töpffer (1766-1847) se inspirou de chargistas ingleses muito em voga durante a segunda metade do século 18 para denunciar tanto a política quanto os costumes e a religião.

Esse novo gênero encontra um eco particular em Genebra, que atravessa uma época de embates políticos entre partidários das ideias revolucionárias e da Restauração, entre a rejeição da tutela francesa e a adesão à Confederação Helvética em 1815.

Töpffer fixa com humor a comédia humana de seu tempo, mas na clandestinidade, pois não encontrava um editor corajoso. Inventor de narrativas em imagens satíricas, ele é considerado com um dos acestrais do quadrinho.