A carta aberta ao governo vem em meio a uma repressão contra as manifestações anti-governamentais no Irã.
Iranianas e iranianos estão arriscando suas vidas pela liberdade e democracia, disse o apelo, publicado na noite de quinta-feira. “Ouvimos o chamado do povo iraniano até a Suíça”, diz a carta, que foi assinada por mais de 100 personalidades públicas na Suíça, incluindo a escritora Sibylle Berg, a acadêmica literária Elisabeth Bronfen, a artista Pipilotti Rist, o diretor de cinema Samir e o historiador Jakob Tanner.
A carta aberta foi organizada principalmente pelos cidadãos suíços que têm raízes no Irã, entre eles o historiador Kijan Espahangizi.
“O que está acontecendo no Irã nos afeta a todos”, disseLink externo Espahangizi ao jornal Tages-Anzeiger. “Assim como a Ucrânia afeta a Suíça, o Irã também afeta a Suíça”.
A carta faz seis exigências ao governo suíço, incluindo a implementação de todas as sanções econômicas da UE e dos EUA contra o Irã, uma proibição vitalícia de entrada na Suíça para membros do regime, e o congelamento de todos os fundos em contas bancárias suíças.
A carta também exige que a Guarda Revolucionária e a milícia paramilitar iraniana Basij sejam classificadas como organizações terroristas. O governo também é chamado a convocar o embaixador iraniano em Berna e a conceder proteção contra a deportação a todos os opositores do regime na Suíça.
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Centenas de suíços manifestam contra repressão iraniana
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Mais de 1.000 pessoas foram às ruas da Suíça para protestar contra a morte de uma jovem mulher sob custódia policial iraniana no mês passado.
O Ministro das Relações Exteriores Ignazio Cassis enfrentou críticas por não ter reagido à repressão violenta contra os manifestantes com a rapidez suficiente. O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma declaração em 6 de outubro condenando o uso excessivo da força pelas forças de segurança iranianas contra os manifestantes.
A Suíça representa os interesses diplomáticos dos EUA no Irã e desempenha um papel especial como mediadora entre o Ocidente e o Irã.
A carta vem em resposta a uma violenta repressão da polícia iraniana contra manifestantes indignados com a morte de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos, em 16 de setembro. Ela havia sido presa pela polícia moral do Irã por violar o código de vestimenta islâmico.
Desde sua morte, milhares de pessoas têm se manifestado em todo o país contra as políticas repressivas do governo e a obrigação de usar véus. De acordo com a mídia, cerca de 200 pessoas morreram e milhares foram presas.
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