Nuclear divide mas parece ter dias contados

Quase 40% da energia elétrica na Suíça é produzida por 5 centrais nucleares. A questão sempre foi polêmica mas, depois do acidente de Tchernobyl, em 1991, os opositores ao nuclear ganharam mais força.

Em 2001, as centrais nucleares suíçoas produziram 25 milhões de Kwh de energia elétrica. Foi suficiente para o abastecimento interno mas, em anos de inverno mais rude, a Suíça importa um pouco de energia da França.

Sempre houve oposição

As energias alternativas (eólica, solar e biomassa) correspondem a 0,8% da produção nacional. Seus adeptos reclaram da falta de apoio para a promoção dessas formas de energia.

A primeira central nuclear suíça foi inaugurada em 1969 e a última foi construida em 1984. Desde o início houve oposição ao nuclear na Suíça e a questão já foi submetida ao voto popular duas vezes. Vigora na Suíça o princípio da soberania popular.

Outros países

Na Grã-Bretanha, o futuro do nuclear ainda é incerto e a Itália fechou sua única usina nuclear em 1987, depois de violentos protestos.

Na Alemanha, em 2001 foi tomada a decisão de abandonar a energia nuclear nos próximos 20 anos. Na Bélgica, onde 60% da energia provém do nuclear, as usinas deverão ser fechadas até 2025.

Duas iniciativas

Rm 1990, em votação popular, foi aprovada a moratória na construção de novas centrais durante 10 anos. Em 2001, no fim desse período, os adversários do nuclear lançaram duas novas iniciativas que ainda não foram votadas.

Uma defende a inclusão da moratória na Constituição. A outra, mais radical, defende não só a moratória mas também o desmantelamento das 5 centrais nucleares em operação.

swissinfo