Suíça quer acordos com Chile e Argentina

Ministro Pascal Couchepin quer negociar acordos como fez com o México. Keystone / Sandro Campardo

O ministro da Economia, Pascal Couchepin, está no Chile em visita oficial e depois vai à Argentina. Como na viagem ao Brasil, em julho de 99, o ministro é acompanhado por uma delegação de empresários que reivindicam maior abertura dos mercados.

Tarifas de importação, acordos sobre a dupla imposição de impostos e garantias de exportação são alguns dos assuntos na pauta das conversações do ministro da Economia Pascal Couchepin no Chile e Argentina.

Hoje, o ministro Couchepin será recebido pelo presidente chileno Ricardo Lagos e pretende abrir negociações de um acordo de livre comércio com o Chile, a exemplo do que já foi concluído com o México e que será assinado no próximo dia 30.

Com a Argentina, a intenção é estimular as negociações já abertas entre a Associação européia de livre comércio (EFTA) da qual a Suíça é membro, juntamente com Noroega, Islândia e Liechtenstein, e o Mercosul.

Nessas viagens, o ministro Couchepin reconhece que “abre portas para os empresários” manterem contatos diretos com autoridades dos países visitados e apresentarem suas reivindicações.

É o caso, por exemplo, da relojoaria, um dos principais setores de exportação da economia suíça. O presidente da Federação Relojoeira (FH), François Habersaat, afirma que as tarifas sobre o relógios suíços fazem o produto dobrar de preço até chegar ao consumidor chileno. A situação seria similiar na Argentina que, no entanto, importa mais relógios suíços que o Chile.

As vendas para os dois países representam 4 p/cento do toal das exportações do setor mas “o potencial é enorme”, segundo Habersaat. No ano passado, as exportações de relógios para a Agentina totalizaram 17 milhões de francos suíços (-14 p/cento) e 8 milhões para o Chile (-6 p/cento).

swissinfo com agências.