
Novo Perse proposto por Haddad prevê custo de R$10 bi neste ano e extinção em 2027

Por Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) – Novo desenho para o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), feito pelo Ministério da Fazenda em negociação com parlamentares, prevê que a iniciativa terá um custo de 10 bilhões de reais neste ano, com redução gradual do benefício até sua extinção em 2027, disseram duas fontes da pasta.
A proposta, que foi enviada pela Fazenda para análise de lideranças partidárias, também limita benefício sobre a folha salarial de municípios, resultando em um impacto fiscal de 4 bilhões de reais em 2024, contra estimativa do governo de um custo de 15 bilhões de reais em seu formato original.
Ao contrário do que afirmou neste mês o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida não deve ser enviada em um novo projeto de lei pelo governo, e sim apresentada diretamente por um parlamentar via emenda ao projeto em tramitação no Congresso que trata da reoneração da folha salarial de 17 setores da economia, disseram as fontes.
A negociação tenta colocar fim a meses de embate entre Congresso e Executivo, em um vai e vem que incluiu a prorrogação da reoneração da folha pelo Legislativo; veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à proposta; derrubada do veto pelo Congresso; envio de medida provisória pelo governo para cortar benefícios tributários e um posterior recuo, com promessa de que os temas serão tratados em projeto de lei.