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COI decide reformas no final de semana

Depois de um ano de crise devido os escândalos de corrupção, o Comitê Olímpico Internacional decida as reformas do estatutuo no final de semana, em Lausanne, Suíça. Uma Comissão fez 50 propostas e está em jogo a credibilidade do COI.

Depois de um ano de crise devido os escândalos de corrupção, o Comitê Olímpico Internacional decide as reformas do estatutuo no final de semana, em Lausanne, Suíça. Uma Comissão fez 50 propostas e está em jogo a credibilidade do COI.

Com os escândalos de corrupção denunciados um ano atrás na atribuição dos Jogos de inverno de 2002 em Salt Lake City, o Comitê Olímpico Internacional (COI) com sede em Lausanne, Suíça, atravessa a mais grave crise de sua história. Seis membros foram expulsos, três foram advertidos e foi nomeada uma comissão formada por membros e personalidades não membros do COI.
Essa Comissão 2000 fez 50 propostas para reformar o COI, propostas que serão votadas na sessão extraordinária do final de semana. O que está em jogo é a credibilidade da instituição e, portanto, do movimento olímpico.
Alguns membros queriam uma “revolução” no COI, outros falam em “grande limpeza” ou em “sessão da renovação”. Membros da Comissão 2000 afirmam que elaboraram propostas “passíveis” de serem aprovadas.
As propostas mais importantes visam três mudanças fundamentais no COI: suprimir as visitas às cidades candidatas à organização das Olimpíadas, mudar a composição do COI e limitar os mandatos dos membros e da presidência.
A mais polêmica e criticada é a supressão das visitas às cidades candidatas, justamente de onde sairam as denúncias de corrupção e compra de votos de membros do COI. Aí há duas propostas: apoiada pelo presidente Juan Antonio Samaranch, a proposta mais radical suprime totalmente as visitas. A pré-seleção seria feita pelo Comitê Executivo com base nas propostas das candidatas e a decisão final seria votada na sessão com todos os membros sem qualquer visita. Uma segunda proposta prevê a visita de um pequeno grupo de membros, pagos pelo COI. As duas propostas encontram resistências por causa dos privilégios ligados às amplas visitas às cidades feitas até agora.
A composição do COI também deve mudar, se as propostas da Comissão 2000 forem aprovadas. A idéia aí é mudar a imagem de um clube particular em que os membros são eleitos em caráter vitalício. O novo COI teria apenas 115 membros: 45 repartidos entre federações esportivas, comitês nacionais e atletas e 70 membros individuais eleitos depois de passarem por uma comitê de candidaturas. Se aprovada, a proposta reforça a participação dos atletas.
Os mandatos também serão limitados a 8 anos, passíveis de reeleição por 4 ou 8 anos, e a idade máxima para a eleição será reduzida para 70 anos. O mandato do presidente do COI seguiria as mesmas regras.

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