Governo suíço obrigado a reduzir pela metade os pedidos de vacina Covid para 2023

A Suíça destruiu milhares de vacinas vencidas em seu estoque. Keystone / Pablo Gianinazzi

Um parlamento suíço dividido exigiu que o governo cancele as encomendas de 14 milhões de doses de vacinas Covid-19 e renegocie os contratos para metade desse fornecimento.

A Suíça havia encomendado sete milhões de doses da Pfizer/Biontech e a mesma quantidade da Moderna para proteger a população de futuras ondas de infecções. As encomendas deveriam cobrir a população suíça de 8,9 milhões de habitantes em 2023.

A extensão da ordem foi dividida pelo Parlamento, com a Câmara dos Deputados concordando com a decisão, mas o Senado dizendo que a ordem combinada é excessiva.

O desacordo não pôde ser resolvido na quinta-feira, mas em casos de compras, o argumento que poupa o dinheiro do Estado deve ter precedência.

Isto significa que o Senado prevaleceu em seu argumento, o que forçará o governo a cortar sua ordem pela metade a sete milhões de doses. Espera-se que isto reduza a conta de CHF780 milhões (US$780 milhões) para CHF560 milhões.

Um milhão de doses de uma vacina não-RNA também foi encomendada de outro fabricante (sem nome).

O Ministro das Finanças Ueli Maurer advertiu que a Suíça poderia ter que pagar mais por cada dose, já que o mesmo preço poderia não estar disponível agora.

No mês passado, a Secretaria Federal de Saúde Pública confirmou que cerca de 620.000 doses da vacina Moderna em seu estoque existente haviam sido destruídas por terem expirado. Não se podia descartar que outros lotes pudessem sofrer o mesmo destino.

Em fevereiro, foi anunciado que a Suíça doará um máximo de 15 milhões de doses de vacina contra o coronavírus no primeiro semestre deste ano à iniciativa COVAX para a distribuição equitativa da vacina.

Para 2022, 34 milhões de doses já foram adquiridas – 20 milhões para o primeiro semestre e 14 milhões para o segundo. Cerca de 70% da população já foi vacinada.