Suíços comparam sua política de refugiados no contexto internacional
O governo suíço se considera um Estado de reassentamento estabelecido para refugiados, apesar da falta de corredores humanitários ou programas de patrocínio comunitário.
Um estudo, realizado pela Secretaria de Estado para as Migrações, comparou sua política com a de outros países e analisou os instrumentos suíços para o acolhimento de refugiados.
Entretanto, o Conselho Suíço para Refugiados, não-governamental, criticou as conclusões como demasiadamente positivas.
O estudo, publicado na terça-feira, aponta que a Suíça acolhe várias centenas de refugiados de regiões em crise a cada ano e que a Suíça utiliza a maioria dos instrumentos que outros países utilizam para complementar o reassentamento.
A Suíça está fazendo mais do que outros Estados ao oferecer a possibilidade de solicitar vistos humanitários de qualquer lugar, conclui o estudo.
Outros pontos levantados pelos autores são a falta de corredores humanitários – programas acordados pelo Estado com comunidades religiosas ou outras comunidades da sociedade civil.
Mesmo que não existam programas reais de patrocínio comunitário, a SEM observa que esta ideia já está sendo implementada até certo ponto, constatou o estudo.
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Críticas
O Conselho Suíço para Refugiados acolheu a avaliação em princípio, mas criticou que os instrumentos existentes dificilmente são eficazes porque são aplicados de forma extremamente restritiva.
Este é particularmente o caso da concessão de vistos humanitários e do reagrupamento familiar, disse a ONG.
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